Procissão e missa marcam encerramento da festa no Santuário de Nossa Senhora da Conceição

Crianças vestidas de anjo, adultos carregando ex-votos de cera, famílias trajando azul e branco, pessoas trazendo flores, terços, velas e objetos de devoção para serem abençoados e deixados aos pés da imagem de Nossa Senhora da Conceição. O ápice da devoção popular à Imaculada Conceição acontece no dia 08 de dezembro e no Santuário do Morro da Conceição, na zona norte do Recife, o fluxo de milhares de pessoa é incessante. Os grupos de peregrinos se revezam, passando em frente à imagem de cinco metros de altura, fazendo preces, agradecendo e amadurecendo a sua fé.

Outros fiéis seguem para os velários, acendendo velas e alguns também amarram as tradicionais fitinhas coloridas nas grades que cercam a imagem da santa. No interior da igreja, são vistos semblantes de pessoas envolvidas pelo clima de fervorosas orações. Uma multidão silenciosa toma conta de todos os espaços do santuário do Morro, mas como num misterioso encanto divino, não se vê tumulto nem confusão. O espetáculo é de harmonia coletiva, de respeito e gratidão. A programação da 113ª festa de Nossa Senhora da Conceição, organizada pelos padres Redentoristas, contou com o apoio de mais de 600 voluntários e ofereceu ao público missas rezadas de hora em hora, shows musicais, lojinhas com produtos alusivos à padroeira, confissões e oportunidades de guardar na lembrança ótimas experiências religiosas.

No período da tarde, partiu do Forte do Brum, no Recife Antigo, a procissão com o andor da Imaculada Conceição, arrastando por mais de sete bairros do Recife milhares de devotos. O cortejo chegou ao Santuário do Morro da Conceição por volta da 19h40. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, acompanhou a procissão em parte do trajeto e depois seguiu para o alto do Morro, para presidir a Missa Solene campal, que foi concelebradas pelos padres redentoristas e clero convidado. Em sua homilia, o arcebispo metropolitano lembrou que Maria quer sempre caminhar conosco e nos quer por perto. Dom Fernando destacou que o convite feito pelo anjo Gabriel à Nossa Senhora, é feito por Deus, a cada um de nós.

Bastante emocionado, o comerciário Henrique Trajano depositou flores para Nossa Senhora da Conceição. Morador de Paulista, na região metropolitana do Recife, Henrique veio com a irmã, reverenciar a santa. “Todos os anos a nossa mãe nos trazia e este ano ela faleceu. Vir aqui é uma maneira de manter viva em nossos corações de filhos esta tradição que nossa mãe tanto amava”, revelou Trajano.  Era possível ver fiéis subindo o morro com tijolos na cabeça, expressando gratidão por uma casa construída ou adquirida, com rolos de documentos, simbolizando causas pendentes na justiça.

O reitor do Santuário do Morro, padre José Ulisses da Silva, declarou que Nossa Senhora da Imaculada Conceição devia estar bastante feliz com tamanha demonstração de afeto do povo pernambucano. O padre Ulisses e os missionários redentoristas a todo instante agradeciam a todos os envolvidos na organização da festa e pelo belo trabalho realizado em equipe. Sem união, dedicação e fé não seria possível realizar um evento para milhares de pessoas. Em tempos de altos índices de desemprego e de crise econômica, toda ajuda é bem-vinda. A festa do Santuário também contribui para aquecer a economia local, com a geração de renda para os moradores do Morro e entorno: empregos temporários, vendas de produtos de devoção, venda de artesanatos, de lanches, prestação de serviços diversos, entre outros.

(Pascom Arquidiocese)

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