Em segunda sessão do encontro em preparação ao Jubileu 2025, dom Leomar aborda desafios atuais da Evangelização

Na segunda sessão do Encontro Nacional “Preparando o Jubileu 2025: Peregrinos de Esperança”, o arcebispo de Santa Maria (RS), dom Leomar Brustolin, presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética e do regional Sul 3 da CNBB, ofereceu uma palestra profunda e impactante sobre os desafios enfrentados pela Igreja na missão evangelizadora no Brasil. 

Durante sua apresentação, dom Leomar destacou a importância da evangelização nos dias atuais, instigando os presentes a refletirem sobre o papel crucial da Igreja Católica na sociedade brasileira. Ele incentivou os participantes a se engajarem ativamente na missão evangelizadora, renovando a esperança e o compromisso cristão em suas comunidades e dioceses em todo o país. 

O arcebispo iniciou abordando as expectativas para o encontro, especialmente no contexto das próximas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, cuja aprovação está prevista para 2025. Ele ressaltou a importância desse período de preparação, o mais longo já vivenciado pela Igreja no Brasil.

Dom Leomar examinou os desafios atuais da ação evangelizadora sob três principais aspectos: os sinais dos tempos, a conversão pastoral e a missão. Ele enfatizou que a análise partiu do ponto de vista do discipulado, observando o que o Senhor propõe a partir da realidade que nos interpela, com base no Documento de Aparecida que apresenta e impulsiona a viver um modo de ser igreja, ou seja, “comunidade de comunidades”. 

Sinais dos tempos

No que diz respeito aos sinais dos tempos, destacou pontos positivos, como a persistência da fé entre o povo, evidenciada pela participação nas celebrações da Palavra e momentos devocionais, mesmo na ausência de ministros ordenados. Nestas ressalta a devoção popular nos Santuários Marianos e o engajamento do laicato, especialmente feminino, nas atividades pastorais das comunidades eclesiais.

Entretanto, alertou para a necessidade de a Igreja estar sempre atenta às demandas emergentes, como a resposta a crises, destacando o papel crucial das paróquias como pontos de referência em momentos de adversidade sociais, como durante a pandemia de Covid-19 e desastres naturais. 

Dom Leomar questionou como a Igreja do Brasil está se colocando em estado permanente de missão, se está formando discípulos ou adeptos do cristianismo, e destacou a importância de uma abordagem renovada na evangelização, especialmente nos diversos ambientes da sociedade, como escolas e hospitais. 

Na questão da conversão pastoral, dom Leomar destacou a importância do reconhecimento do pluralismo cultural, da participação ativa dos fiéis leigos e leigas nas decisões da Igreja e da compreensão dos efeitos da globalização na religião. Ressaltou que a conversão pastoral deve priorizar o essencial sobre o secundário, com foco na renovação pessoal e comunitária em Cristo Jesus. 

Quanto à missão, o arcebispo enfatizou a prioridade dos leigos e leigas nas ações evangelizadoras, a valorização e priorização dos processos sobre os eventos, a superação do ativismo pastoral em favor da espiritualidade e da missão, e a importância da sinodalidade para fortalecer o senso de pertença à comunidade na Igreja. 

Dom Leomar Brustolin concluiu sua palestra reforçando a importância da transmissão da fé às futuras gerações, do sentido de pertença e comunhão na comunidade cristã e do enfrentamento da rejeição ao próximo, especialmente os mais vulneráveis. Sua abordagem proporcionou uma profunda reflexão sobre os desafios e as oportunidades da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, instigando os participantes a se engajarem de forma renovada na missão de levar a mensagem do Evangelho à sociedade contemporânea. 

Fonte: CNBB

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