Dom João Justino conduz ciclo de conferências sobre a diocesaneidade na 58ª Assembleia Pastoral

Em torno da mesa da Eucaristia, leigas e leigos, seminaristas, religiosas e religiosos, diáconos, padres e bispos retomaram a programação da 58ª Assembleia Pastoral Regional, nesta quarta-feira (27), no Convento Ipuarana, em Lagoa Seca (PB). Após a missa presidida pelo bispo de Salgueiro (PE), dom José Vicente Pinto, os cerca de 150 participantes deram início à elaboração Síntese – documento final com os marcos sinalizadores do encontro para a caminhada pastoral das 21 dioceses.

Para ajudar no debate e na construção das proposições, o arcebispo de Goiania (GO) e primeiro vice-presidente da CNBB, dom João Justino, conduziu um ciclo de formações aprofundando o tema “Diocesaneidade: ser igreja a partir da igreja local”, mote desta edição da assembleia. O assessor apresentou as conferências: “Igreja local e diocesaneidade”; “Relações entre diocesaneidade, sinodalidade e missionariedade”; e “Sujeitos eclesiais e diocesaneidade”.

“Aqueles ‘quatro elementos constitutivos da diocesaneidade: a diocese, o bispo diocesano, a comunhão presbiteral entre os membros do presbitério e o Povo de Deus’ podem se referir a todos os outros membros da Igreja diocesana. O eixo desses quatro elementos é sempre a comunhão originada na pertença. A diocese é uma família, e como tal, todos os membros são chamados a se autocompreenderem como membros desta grande família. Daqui deriva a relação de diocesaneidade com sinodalidade”, afirmou dom Justino.

O bispo de Cajazeiras (PB) e presidente da CNBB Nordeste 2, dom Francisco de Sales, destacou que a assembleia é o primeiro encontro dos pastores e das outras lideranças engajadas nas igrejas particulares de Alagoas, da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. De acordo com o religioso, o tema da diocesaneidade enriqueceu ainda mais esse momento de celebração da comunhão, mas também de olhar para a ação pastoral.

“A eleição de alguns pontos de referências é para que nós possamos pensar a presença da Igreja nessas realidades. Eu diria que são janelas de desafios, a partir da assembleia, cada Igreja local a construir seu programa de pastoral a cada ano. As conclusões serão votadas simbolicamente para dizer: ‘nesses horizontes nós queremos que nossas igrejas elevem essas placas e comecem a olhar o seu caminhar pastoral”, disse dom Francisco.

Grupos

No período da tarde, os participantes se dividiram em dez grupos para debater a diocesaneidade nas mais diversas realidades eclesiais e responder três provocações apresentadas por dom Justino: “Como desenvolver o senso de pertença qual diocesaneidade em meio à diversidade singular dos sujeitos eclesiais?”; “O que compromete mais a diocesaneidade: um modelo avançado de comunicação que rompe não só limites territoriais, mas estabelece novos vínculos de ‘seguimentos'”?; “Como ‘diocesaneizar’ movimentos eclesiais que chegam na diocese e se impõem a partir de suas identidades? Como não fechar as dioceses às novidades do Espírito e ao mesmo tempo não fazer dela uma Igreja ‘globalizada’ (no sentido de enfraquecer sua história e identidade)?”.

A partir das perguntas, os grupos conduzido por padres coordenadores diocesanos de pastoral elaboraram as primeiras pistas para a composição da Síntese. Nesta quinta-feira (28), as equipes voltam a se reunir para continuar os debates.

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