A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem acolhido desde a segunda-feira, 27 de fevereiro, a 33ª edição do Encontro de Novos Bispos, organizado pela Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. O encontro reúne os bispos que foram nomeados pelo Papa Francisco a partir do segundo semestre de 2021 até o final de 2022.
O bispo de São Miguel Paulista (SP), dom Algacir Munhak, é um dos que participam do encontro. Nomeado em 21 de setembro de 2022, ele tomou posse na diocese de São Miguel Paulista em janeiro de 2023.
Ele conta que suas impressões quanto ao encontro dos novos bispos são bastante positivas, principalmente por estarem em comunhão, presencialmente, na sede da CNBB.
“Temos uma noção a distância daquilo que é a CNBB e uma vez estando dentro da estrutura vemos o alcance que ela tem principalmente nos serviços através das Comissões, das diferentes atividades que são feitas, e isso é muito bom porque nos sentimos envolvidos por uma fraternidade e uma comunhão que até então para mim eram desconhecidas”.
“Fraternidade e comunhão no sentido de ver as diferenças que existem dentro da Igreja no Brasil e a forma de como se trabalha em conjunto, como se programam as atividades, como se definem as diretrizes pastorais ou mesmo as áreas de atuação, conta.
Embora recente sua atuação na diocese, dom Algacir salientou que sua recepção foi “extraordinária”. Ele ainda não tem a dimensão e o alcance que a realidade o envolve e nem as expectativas que as pessoas têm, mas conta que no dia da sua posse a Catedral estava lotada e que a presença dos padres foi em totalidade. “Sinto que há a disposição de caminhar em sinodalidade e em comunhão”, garantiu.
Visita aos organismos e à Nunciatura Apostólica
Dom Geraldo Freire Soares, bispo de Iguatu (CE), também participa do encontro. Sua ordenação aconteceu em 1º de julho de 2022 e a posse no dia 6 de agosto de 2022. Ele fez uma avaliação positiva da convivência, da visita em diversos organismos da CNBB e na Nunciatura Apostólica.
“São oportunidades que nós temos para aprofundar melhor a nossa experiência como bispo, que é uma experiência nova e de muita responsabilidade”, disse.
Em sua diocese, que ficou um ano e meio vacante, ele destaca o acolhimento do povo. “Tinha uma ansiedade muito grande de todo o povo e do clero com a chegada do novo bispo, porque o bispo é quem dá as orientações, as diretrizes pastorais e administrativas, então foi uma acolhida muito fraterna com a minha chegada”, disse.
Dom Valdir José de Castro, bispo de Campo Limpo (SP), salientou que o conteúdo e programação do encontro dos novos bispos estão muito ricos. Ele destacou da programação assuntos que dizem respeito à espiritualidade e a missão do bispo e gestão das dioceses. “Estamos unindo as nossas forças para enfrentar a realidade nas quais somos chamados a trabalhar”, disse.
Nomeado em 14 de setembro de 2022 e empossado no dia 26 de novembro de 2022, dom Valdir afirmou que no primeiro momento ficou surpreso com a sua escolha, mas que teve uma ótima receptividade tanto pelo clero como pelos leigos.
“Isso me dá muita força para enfrentar e superar os desafios da missão da evangelização nesse território que compreende a diocese de Campo Limpo”.
Dom Valdir também comentou sobre a questão da organização de sua diocese, mas também enfatizou seus desafios. “É uma diocese que já tem mais de 30 anos de existência, tenho convicção de que não estou chegando para iniciar nada, mas para unir e dar a minha colaboração no serviço de bispo junto a todo o povo de Deus que já está trabalhando e dando de tudo pelo serviço de evangelização na igreja.
O último dia do encontro será na próxima sexta-feira, 3 de março.
Fonte: CNBB