Setenta anos da Declaração dos Direitos Humanos permeia atividades da Arquidiocese

O dia 10 de dezembro, data em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos de sua criação, foi marcado por duas programações especiais no âmbito da Arquidiocese de Olinda e Recife. Pela manhã, o arcebispo dom Fernando Saburido compareceu a uma sessão solene promovida pela Comissão de Justiça e Paz do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Na solenidade, o metropolita e mais cinco autoridades foram agraciados com a medalha de Direitos Humanos Desembargador Nildo Nery dos Santos. Em seu discurso, dom Fernando destacou os casos que ferem a garantia de direitos no território da Arquidiocese de Olinda e Recife e ainda representam desafios, como a falta de moradia digna e a perseguição aos moradores nativos de Suape, descendentes de indígenas e de quilombolas.

No Plenário do TJPE, o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça, desembargador Bartolomeu Bueno, um dos responsáveis por indicar o arcebispo para receber a medalha, contextualizou os motivos que levaram a Comissão a indicar o arcebispo para receber a honraria. Segundo o Desembargador, o trabalho desenvolvido pela Arquidiocese e pelo arcebispo somam-se aos esforços incansáveis do Patrono Nacional dos Direitos Humanos, dom Helder Camara, refletindo em valores imprescindíveis à construção de um cenário de justiça social plena e de garantia de direitos.  Também receberam a medalha o Presidente do TJPE, Desembargador Adalberto de Oliveira Melo, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Eriberto Medeiros, a Procuradora de Justiça do Ministério Público Estadual, Sineide Canuto e o Secretário de Justiça Estadual, Pedro Eurico de Barros. A programação fez parte da campanha “Direitos Humanos, direitos de todos”, desenvolvida ao longo de dezembro pelo TJPE.

À esquerda, o presidente do TJPE, des. Adalberto de Oliveira Melo, e à direita, o presidente da Comissão de Direitos Humanos do TJPE, des. Bartolomeu Bueno, entregam ao arcebispo a medalha e o diploma Des. Nildo Nery:

À noite, a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese promoveu nas escadarias do palácio dos Manguinhos, sede da Cúria Metropolitana, a 3ª vigília da Esperança, em homenagem aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O boneco gigante de dom Helder Camara, patrono nacional dos Direitos Humanos, recepcionou os fiéis na vigília que abordou o tema Utopia Cristã Compartilhada. Participaram da vigília o arcebispo dom Fernando Saburido, o bispo auxiliar, dom Limacêdo Antônio e dezenas de fiéis e seus familiares, representantes de movimentos sociais e de expressões religiosas, como o Instituto Dom Helder Camara (IDHeC), Pastoral Carcerária, Tenda da Fé, ONG Turma do Flau, dentre outros.

O grupo entoou cânticos e assistiu a um vídeo que evidenciou a memória de pessoas, segmentos sociais  e comunidades que tiveram e têm seus direitos violados constantemente. Dom Fernando saudou os presentes e refletiu junto com eles alguns trechos de seu discurso lido pela manhã, na solenidade do TJPE, destacando o seu compromisso e empenho em denunciar toda forma de violação de direitos que sacrifiquem os menos favorecidos, como os moradores de palafitas e a comunidade do entorno do Complexo Industrial de Suape, Ipojuca.  Clique aqui  e leia a íntegra do discurso de dom Fernando Saburido, alusivo aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Crianças assistidas pela ONG Turma do Flau, de Brasília Teimosa, participaram da Vigília da Esperança

Em seguida, o presidente do IDHeC, Antônio Carlos Maranhão, conduziu a vigília, iniciando a leitura dos artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, alternando-se com outros voluntários. A atmosfera de esperança pacífica e atenta se fez presente na vigília, permeada pela presença de fiéis de todas as idades: bebês, crianças, pais, casais, adolescentes, adultos e idosos. Toda uma população sedenta de justiça social e crente em dias melhores e vida digna para os irmãos. O presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese contextualizou o momento da criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi criada depois de o planeta viver os horrores de duas guerras mundiais. “O maior dos desafios para nós, atualmente, é como garantir esses direitos nos tempos de hoje”, destacou Antônio Carlos Maranhão.

(Pascom Arquidiocese)

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