Foi divulgada a videomensagem do papa Francisco com a intenção de oração para o mês de julho.
O pontífice pede para rezar pelos magistrados, juízes e advogados que administram a justiça em todo o mundo, a fim de que possam trabalhar com integridade e respeitar a dignidade humana, sem interesses pessoais egoístas ou agendas ocultas, num contexto de transparência e imparcialidade.
“Dos juízes dependem decisões que influenciam os direitos e os bens das pessoas. Sua independência deve ajudá-los a serem isentos de favoritismos e de pressões que possam contaminar as decisões que devem tomar”, ressalta o papa na mensagem de vídeo.
Segundo Francisco, “os juízes devem seguir o exemplo de Jesus, que nunca negocia a verdade”.
“Rezemos para que todos aqueles que administram a justiça trabalhem com integridade e para que a injustiça que atravessa o mundo não tenha a última palavra”, exorta o papa.
O fenômeno maligno da corrupção da justiça é um obstáculo para as pessoas e nações que vivem juntas em paz e prosperidade. Isso cria rachaduras no tecido social.
De acordo com a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, a integridade da justiça é uma das vítimas mais significativas do flagelo da corrupção. Além disso, a corrupção da justiça afeta fortemente os mais pobres, pois fomenta a desigualdade.
Quando o meio social é afetado pela pobreza, fome e sofrimento, aqueles cuja profissão é defender e garantir a justiça tornam-se indispensáveis, trabalhando para impedir que essas condições criem o que o papa Francisco chamou de “terreno fértil para a ilegalidade”. Só o valor fundamental da justiça pode garantir o funcionamento correto da vida pública.
Para o santo padre, a justiça não pode ser apenas um “traje extra” ou um disfarce que só usamos para ir às festas. É por isso que ele nos pede para rezar especialmente, neste mês de julho, para que os responsáveis por transmitir a justiça realizem seu trabalho com integridade.