A presença mariana é marcadamente celebrada no mês de maio. O mês parece tornar-se mais afetivo, repleto das lembranças generosas entre mãe e filhos. Os católicos não se cansam de voltar-se para a Virgem Maria como aquela que perfeitamente foi fiel a Deus e que, como modelo, nos ensina a confiar no Senhor. Para os ensinamentos católicos, a intercessão em Maria é fundamental, caminhamos para o céu tendo a segurança de uma Mãe Santa e fiel. Ao longo de nossa caminhada, podemos contar sempre com a companhia materna de Nossa Senhora. Ela sempre nos acompanhará no caminho de santidade, e neste caminho, pelas mãos Dela, recebemos a dádiva grandiosa de Jesus; “e com Ele traz-nos o seu amor, a sua paz e a sua alegria. Assim a Igreja é como Maria: a Igreja não é uma loja, nem uma agência humanitária; a Igreja não é uma ONG, mas é enviada a levar a todos Cristo e o seu Evangelho; ela não leva a si mesma — seja ela pequena, grande, forte, ou frágil, a Igreja leva Jesus e deve ser como Maria, quando foi visitar Isabel. O que lhe levava Maria? Jesus. A Igreja leva Jesus: este é o centro da Igreja, levar Jesus.” (Papa Francisco)
Mês de maio, mês das flores. Maria é a flor de Deus para o mundo. O perfume mariano faz o mundo sentir e acolher as virtudes da humildade; a Mãe de Deus educa os homens e mulheres à uma vida simples e marcada pela constante necessidade de colocar-se a serviço dos irmãos. Com Ela, aprendemos a não fazer nenhuma oposição a Deus; Ela tem plena e amorosa comunhão com Deus. “Tem um ‘sim’ recíproco, entre Deus e ela e ela e Deus. Maria é livre do pecado porque é toda de Deus, totalmente esvaziada por Ele. É cheia de sua Graça, do seu Amor.” (Papa Bento XVI) A Virgem Maria é a mulher da comunhão constante com o Senhor, e o faz pela via do amor e do serviço aos outros. Os discretos registros Dela nas Sagradas Escrituras, nos coloca diante da exigente e livre escolha da Vontade de Deus: “faça-se”, “O Senhor fez em mim maravilhas”… Toda a vida mariana nos faz pensar numa vida voltada inteiramente ao Senhor. Ela não tem medo de consagrar-se, de confiar-se aos cuidados de Deus. Possamos nós aprender a dizer e a ser “sim” às exigências amorosas do Senhor, acompanhe-nos as virtudes de Maria e seja-nos dada a prontidão de sua caridade incansável que jamais se volta contra as necessidades dos irmãos.
Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap
Arcebispo da Paraíba