Livro conta história das “Irmãs Vigárias”

A experiência das Irmãs Vigárias, da Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado, que atuaram na Paróquia de Nossa Senhora do Ó, em Nísia Floresta, no território da Arquidiocese de Natal (RN), foi contada em um livro, intitulado “Mulheres no Altar”,  de autoria de Luzia Valladão Ferreira, lançado no último dia 24 de outubro, em Natal. “A atuação das Irmãs Vigárias foi uma das atividades concretas do Movimento de Natal, idealizado por Dom Eugênio Sales. Foi uma experiência que propagou a Arquidiocese de Natal no mundo inteiro”, diz a autora.

                Luzia Valladão é ex-religiosa da Congregação das Filhas do Amor Divino e o livro é o resultado da sua dissertação de mestrado, pela Universidade Católica do Pernambuco. “Decidi escrever sobre essa experiência, porque faz mais de 50 anos que  aconteceu e até agora ninguém havia escrito sobre o assunto, apenas pequenos artigos. Foi um trabalho tão importante, que não pode ficar esquecido”, explica.

“A temática abordada nesse livro é muito pertinente para os dias atuais, quando o Papa Francisco pede uma Igreja em saída e, também, tem combatido o clericalismo”, diz o arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha. O arcebispo recorda que nos idos 1963, o então administrador apostólico de Natal, Dom Eugênio Sales, conseguiu a autorização da Santa Sé para que as religiosas assumissem a administração de paróquias, diante do pouco número de sacerdotes. “Na época, a reunião mensal do clero contava apenas com a participação de padres. Com a chegada as irmãs vigárias, elas passaram a participar também das reuniões, mesmo diante da resistência de alguns clérigos”, comenta.  “A Paróquia de Nossa Senhora do Ó foi berço de várias ações revolucionárias. Foi lá que aconteceu a primeira experiência da Campanha da Fraternidade, em 1962, e que, dois anos depois, foi assumida pela CNBB”, diz Dom Jaime.

O livro “Mulheres no Altar” pode ser adquirido através do site das editoras Vozes e Bagaço.

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