Com uma mensagem no Twitter, o Papa Francisco recorda a festa deste 9 de novembro, dedicada à “mãe e cabeça” de todas as igrejas da cidade de Roma e do mundo: a Basílica Lateranense.
Hoje, festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão, recordemos que o Senhor deseja habitar em cada coração. Mesmo se nos afastarmos Dele, para o Senhor são suficientes três dias para reconstruir o seu templo dentro de nós! (cf. Jo 2,19)
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) November 9, 2020
A basílica foi a primeira a ser construída depois do edito do imperador Constantino que, em 313, concedeu aos cristãos a liberdade de praticar a sua religião.
O mesmo imperador doou ao Papa Melquíades a antiga propriedade da família dos Lateranenses e nela fez construir a Basílica, o Batistério e a “Patriarquia”, ou seja, a residência do Bispo de Roma, onde os Papas habitaram até ao período de Avinhão.
A dedicação da Basílica foi celebrada pelo Papa Silvestre por volta de 324 e o templo foi intitulado ao Santíssimo Salvador; só depois do século VI foram acrescentados os títulos dos Santos João Batista e João Evangelista, que deram origem à comum denominação.
Esta data interessou primeiro só à cidade de Roma. Depois, a partir de 1565, alargou-se a todas as Igrejas de rito romano. Desta forma, honrando o edifício sagrado, pretende-se expressar amor e veneração à Igreja romana que, como afirma Santo Inácio de Antioquia, “preside na caridade” toda a comunhão católica (Rm 1, 1).
Símbolo da Igreja viva
A Palavra de Deus nesta solenidade recorda uma verdade fundamental: o templo de pedra é símbolo da Igreja viva, a comunidade cristã, que já os Apóstolos Pedro e Paulo, nas suas cartas, significavam como “edifício espiritual”, construído por Deus com as “pedras vivas” que são os cristãos, sobre o único fundamento que é Jesus Cristo, por sua vez comparado com a “pedra angular”.
A festa de hoje celebra um mistério sempre atual: Deus quer edificar no mundo um templo espiritual, uma comunidade que o adore em espírito e verdade (cf. Jo 4, 23-24).