Igreja promove vigília pelas vítimas da Aids e pelos que convivem com o HIV

O Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB NE2), por meio da Pastoral da Aids, convida todos os fiéis a participarem da vigília pelas vítimas do HIV. O momento de oração e reflexão deve ser vivenciado neste domingo (16), em sintonia com a campanha realizada há 38 anos em todo o mundo.

A edição da vigília deste ano tem como tema “Memória e engajamento”. O objetivo é celebrar a comunhão entre os falecidos por complicações causadas pelo HIV e as pessoas que cuidam da vida e buscam que os direitos humanos das pessoas que convivem com o vírus sejam respeitados.

“Neste momento em nossas comunidades ou até mesmo em nossa casa vamos fazer memória às pessoas que já partiram, mas também intensificar o amor, zelo e carinho a todos que convivem com o HIV. Por isso, pedimos que cada um, no domingo, faça sua prece por essas pessoas”, afirma o coordenador da Pastoral da Aids na CNBB NE2, Gilberto de Almeida.

Cartaz

O cartaz da Vigília pelos mortos de Aids deste ano remete à unidade, colocando o ser humano, simbolizado por uma vela, como centro do cuidado. A colcha de retalhos propõe a reflexão sobre, apesar das diferenças, todos podem se manter unidos no mesmo propósito de cuidar da vida como bem maior, respeitando as diversidades.

A 38ª edição do evento, portanto, conclama a sociedade a fazer memória dos que partiram e se engajar em ações concretas no cuidado de si e dos outros. A pastoral também busca fortalecer a unidade na diversidade, superando as diferenças na luta pela vida e pelo bem comum.

Poema

“Sou Feita de Retalhos”

Sou feita de retalhos.

Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma.

Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.

Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior…

Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade…

Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.

E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também.

E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados…

Haverá sempre um retalho novo para adicionar à alma.

Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim.

Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.

E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de ‘nós’.

Cris Pizziment

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