Na última terça-feira, 15, a Cáritas Diocesana de Pesqueira promoveu encontro para construção das atividades alusivas a 23ªº edição do Grito dos (as) Excluídos (as). Com o tema “Vida em Primeiro Lugar”, e o lema “Por direitos e democracia, a luta é todo dia”, a proposta diante de tantos acontecimentos na atual conjuntura política e social do país, é debater a defesa dos direitos, da democracia, e do povo.
Assim como proposição, no território diocesano serão promovidas como atividades para a 23ª edição do Grito, rodas de conversa para discutir as reivindicações de cada segmento, seguido de um Seminário para expressar publicamente a carta/plataforma a sobre as discussões nas 4 (quatro) regiões pastorais; a formulação de instrumentos de visibilidade das reivindicações; e a articulação posterior de um Fórum de debate.
Para a secretária executiva da Cáritas Cáritas Diocesana de Pesqueira, Neilda Pereira, “a proposta das rodas de conversa é provocar, instigar as pessoas a refletirem sobre seus direitos, na perspectiva das políticas públicas existentes nos municípios, estado e país. Não podemos ficar parados, observando, precisamos nos articular para juntos mostrar as propostas e cobrar a efetivação das políticas públicas”, explica.
Como encaminhamento da reunião as quatro regiões pastorais que integram a Diocese receberão rodas de conversa, de acordo com o seguinte cronograma. Na terça-feira (29), quem inicia a programação é a cidade de Jataúba; na quarta-feira (30), Belo Jardim; na quinta (31), ocorrem duas rodas de conversa, uma em Arcoverde, outra em Buíque. A partir de 5 de setembro a cidade de Pesqueira, receberá 6 rodas de conversa.
Como público convidado a participar das rodas e demais atividades estão os movimentos sociais, associações, sindicatos, pastorais sociais, comunidades indígenas e quilombolas, movimento de juventude e mulheres, e organismos da Igreja.
Segundo James Carvalho, presidente da Cáritas Interparoquial Maria Mãe da Graça, “não devemos ter bandeira, nem cor de partido, neste momento temos que ter ações diferenciadas se quisermos construir algo para o coletivo. Temos que nos organizar para termos resultados, não há outra opção”, finaliza.
Participaram do encontro agentes da Cáritas Diocesana, representantes da Cáritas Interparoquial Maria Mãe da Graça, de Pesqueira, de pastorais sociais, e leigos e leigas.
O Grito
O Grito dos (as) Excluídos(as) se propõe como um processo político e de atuação firme em favor de todos os povos oprimidos e excluídos historicamente no Brasil. Há 23 anos, esta articulação tem levado milhares de pessoas às ruas para denunciar uma série de violações. As manifestações acontecem na Semana da Pátria, com ponto máximo no dia 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil. O Grito coloca, assim, uma reflexão sobre que tipo de independência temos hoje no Brasil e qual a real independência que queremos.