“A unidade da Igreja está sempre em perigo, há séculos. Foi assim em toda a sua história. Guerras, conflitos internos, ameaças de cismas. Mas sempre prevaleceu a consciência de que a Igreja é e deve ficar unida. A sua unidade sempre foi mais forte do que as lutas e as guerras internas”. Esta é a certeza de Bento XVI que recorda a todos: “O papa é um só, Francisco”.
A sua preocupação pela unidade da Igreja é ainda mais forte nos tempos atuais, nos quais os cristãos mostram-se muitas vezes divididos em público e confrontam-se também em exaltadas discussões, muitas vezes usando de modo absolutamente impróprio o nome de Ratzinger.
As palavras de Bento foram concedidas ao jornal Corriere della Sera, que anuncia a próxima publicação de um diálogo com o papa emérito.
Unidade nas diversidades
São palavras que recordam o grande compromisso em reforçar a comunhão eclesial que caracterizou todo o pontificado de Bento XVI, até o último dia do seu ministério petrino: “Permaneçamos unidos, queridos irmãos – disse no seu último discurso aos cardeais em 28 de fevereiro de 2013 – nesta unidade profunda, onde as diversidades – expressão da Igreja universal – concorram sempre para a harmonia superior e concorde e assim servimos a Igreja e a humanidade inteira”.
E prometeu a sua oração para a eleição do seu sucessor: “Que o Senhor vos mostre o que Ele quer. E entre vós, entre o Colégio Cardinalício, está também o futuro papa ao qual já hoje prometo a minha reverência e obediência incondicionadas”.