A Rede Mundial de Oração do Papa completa 175 anos de fundação. A instituição é conhecida também como “Apostolado da Oração” fundada, em 3 de dezembro de 1844, na França, pelo sacerdote jesuíta Francisco Xavier Gautrelet. A rede completa também 10 anos de refundação, aprovada pelo Papa Francisco, em 2014.
No próxima sexta-feira (28), Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, terá início a comemoração desse evento, na Sala Paulo VI, no Vaticano, que contará com a participação do Papa Francisco. Espera-se a presença de 6.000 pessoas, provenientes da Europa, África, Ásia e Oceania.
Os trabalhos prosseguirão no sábado (29) com o encontro dos diretores e coordenadores nacionais, e dos responsáveis do ramo juvenil da organização.
Tudo começou de um pequeno seminário
A centelha que 175 anos atrás incendiou os corações de milhões de pessoas prontas a rezar e oferecer suas vidas, fazendo a vontade de Deus para as necessidades da Igreja, saiu de um seminário jesuíta francês.
“Aqui, um grupo de seminaristas expressou a necessidade de ir à Índia para anunciar o Evangelho como missionários. Para fazer isso, eles teriam que interromper seus estudos. O formador então lhes disse que eles também poderiam ser apóstolos com a oração e doação de si ao Senhor, para apoiar aqueles que em todos os continentes tornavam Cristo conhecido, sem mudar de status”, disse o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, padre Frédéric Fornos.
A pequena e isolada experiência logo se acendeu, envolvendo especialmente os leigos que não poderiam se tornar missionários. No início do século 20, os adeptos do Apostolado da Oração eram mais de 13 milhões. Hoje, eles são 35 milhões, presentes em todos os cantos da Terra.
Na estrada da refundação
O glorioso passado e os abundantes frutos de 175 anos de atividades desencadearam a necessidade de mudança, que iniciada 10 anos atrás, foi apoiada e aprovada pelo papa Francisco em 2014.
Padre Fornos explicou que a renovação consiste em “retornar à fonte espiritual. Devemos redescobrir o que, desde o início, nos ajudava a estar perto do Sagrado Coração de Jesus, o que nos ajudava a estar disponíveis para a missão da Igreja. A mudança nos obriga a não fazer o que se fazia antes, porque os tempos mudaram. Nisso, o papa nos ajuda todos os meses, dando-nos uma intenção de oração que nos orienta em nosso caminho”.
Um “exército do bem” invisível
“Não sei se somos um exército. Não somos como uma organização militar”, brincou pe. Fornos. “Mas uma coisa é certa. As muitas pessoas que participam são “invisíveis”. Rezam e oferecem suas vidas em silêncio, sem ostentação e sem que a mídia acenda os holofotes sobre elas. Estou convencido de que sem todas essas pessoas a missão da Igreja não teria a mesma fecundidade”, concluiu o sacerdote.