O Espírito Santo só sabe contar o amor! | Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap

Por Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap* 

O Espírito Santo é uma pessoa. Ele é Deus! No coração da Trindade, o número só sabe contar o amor que se relaciona de maneira indivisa, sem fragmentos. O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade.

Em 31 de maio de 1998, São João Paulo II brindava-nos com uma calorosa homilia sobre o Espírito Santo, quando na ocasião encontravam-se diante dele uma multidão de fiéis de experiência carismática no seio da Igreja. O Papa falava sobre a importância da graça de Pentecostes e sobre seus maravilhosos frutos entre os homens: “O evento de graça do Pentecostes tem, com efeito, continuado a produzir os seus maravilhosos frutos, suscitando em toda a parte ardor apostólico, desejo de contemplação, empenho em amar e servir com total dedicação a Deus e aos irmãos. Ainda hoje o Espírito alimenta na Igreja gestos pequenos e grandes de perdão e de profecia, dá vida a carismas e dons sempre novos, que atestam a Sua ação incessante no coração dos homens.”

Celebrar Pentecostes significa assumir com empenho o nosso batismo e levar com alegria o fogo do amor de Deus por onde quer que passemos. O tempo que vivemos urge por um apostolado que só o Espírito de Deus pode colocar em nosso esforço missionário: o apostolado da Verdade.

Não se trata de condutas moralistas, mas de empenho missionário que jamais negocia a Verdade do Evangelho. Obviamente que todos nós devemos levar a peito esse empenho, mas os leigos e leigas podem mais frequentemente criar condições do anúncio da Verdade de Cristo no coração da humanidade. O Espírito Santo é a alma da Igreja e somente Ele cria a civilização do amor por meio de nossas mãos generosas.

Foto: Reprodução/internet

Na mesma homilia, São João Paulo II falou sobre a Virgem Maria como santuário do Espírito Santo. Ela é a preciosíssima morada de Cristo entre nós; e com a intercessão dela podemos tornar templos desse mesmo Espírito pelas estradas do mundo. Com Maria, a Igreja aprende a contar o amor pleno, nascido no coração relacionável e trinitário de Deus.

Que o nosso bom testemunho de cristãos seja reflexo dessa relação de amor que nasce do Espírito Santo, e que não nos cansemos de construir o apostolado da Verdade de Cristo na Igreja e no mundo.

*Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba

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