Leão XIV: servir a Santa Sé com o mesmo amor de Maria a Jesus

Jubileu da Santa Sé finalmente chegou nesta segunda-feira, 9 de junho, para reunir todos os filhos e irmãos do Papa, como cardeais, bispos, sacerdotes e leigos, num grande encontro pela fé, unidade e crescimento espiritual neste Ano Santo da esperança. A jornada começou na Sala Paulo VI com a meditação de Irmã Maria Gloria Riva, da Ordem das Adoradoras Perpétuas do Santíssimo Sacramento, na presença de Leão XIV. Em seguida, o próprio Pontífice carregou a cruz do Jubileu em frente à procissão até a Basílica de São Pedro para passar pela Porta Santa e depois presidir a Santa Missa a cerca de 5 mil pessoas, segundo dados da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Na homilia, Leão XIV enalteceu as coincidências recaídas sobre o Jubileu da Santa Sé, após Pentecostes e a meditação da monja italiana, neste dia que é de memória litúrgica de Maria, Mãe da Igreja. “Fonte de luz e de inspiração interior no Espírito Santo” que também brotam da celebração eucarística, quando a Palavra de Deus ajudou a “compreender o mistério da Igreja, e nela o da Santa Sé, à luz dos dois ícones bíblicos escritos pelo Espírito na página dos Atos dos Apóstolos (1, 12-14) e na do Evangelho de João (19, 25-34)”.

A fecundidade de Maria e da Igreja pela Cruz

Comecemos pelo fundamental, que é a narração da morte de Jesus, explicou o Pontífice, e a figura da mãe de Jesus, aos pés da cruz. “A maternidade de Maria, através do mistério da Cruz, deu um salto impensável: a mãe de Jesus tornou-se a nova Eva, porque o Filho a associou à sua morte redentora”, afirmou Leão XIV, ao evidenciar o tema da fecundidade:

“A fecundidade da Igreja é a mesma fecundidade de Maria; e realiza-se na existência dos seus membros na medida em que eles revivem, em menor dimensão, o que a Mãe viveu, isto é, amam segundo o amor de Jesus. Toda a fecundidade da Igreja e da Santa Sé depende da Cruz de Cristo. Caso contrário, é só aparência, se não pior.”

A fecundidade de Maria e da Igreja, continuou o Pontífice, “está inseparavelmente ligada à sua santidade, ou seja, à sua conformação com Cristo. A Santa Sé é santa como o é a Igreja, no seu núcleo original, na fibra de que é tecida”. O Pontífice, assim, enalteceu da importância de contribuir para a fecundidade da Igreja no trabalho diário no Vaticano, assim como fazem os sacerdotes no seu ministério e os pais de família com os filhos na busca pela santidade:

“A Sé Apostólica conserva a santidade das suas raízes enquanto é guardada por elas. Mas não é menos verdade que ela vive também na santidade de cada um dos seus membros. Por isso, a melhor maneira de servir a Santa Sé é esforçarmo-nos por ser santos, cada um de nós segundo o seu estado de vida e a tarefa que nos é confiada.”

A maternidade de Maria com a primeira comunidade

Chegamos agora ao segundo ícone, continuou o Papa, “aquele escrito por São Lucas no início dos Atos dos Apóstolos, que representa a mãe de Jesus juntamente com os Apóstolos e os discípulos no Cenáculo (1, 12-14). Mostra-nos a maternidade de Maria com a Igreja nascente”, fruto do mistério pascal sobre a primeira comunidade, que permanece atual em todos os tempos e lugares. Maria, recordou Leão XIV, “é a memória viva de Jesus”, “polo de atração que harmoniza as diferenças” e que, com a missão materna recebida, está a serviço da comunidade nascente, assim como dos sucessores de Pedro:

“A Santa Sé experimenta de modo muito especial a copresença dos dois polos, o mariano e o petrino. E é o mariano que garante a fecundidade e a santidade do petrino, com a sua maternidade, dom de Cristo e do Espírito. Caríssimos, louvamos a Deus pela sua Palavra, lâmpada que ilumina os nossos passos, também a nossa vida quotidiana ao serviço da Santa Sé. E, iluminados por esta Palavra, renovemos a nossa oração: «[Ó Deus] Concedei que a vossa Igreja, cada dia mais fecunda em seu amor materno, exulte com a santidade dos seus filhos e filhas e atraia todos os povos para o seu convívio numa só família» (Oração Coleta).”

Fonte: Andressa Collet - Vatican News
Foto: Vatican Media

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