O Papa Francisco abriu as celebrações da Semana Santa, em Roma, com a Missa do Domingo de Ramos e a Praça São Pedro novamente tomada por milhares de fiéis, após dois anos de pandemia. Confira abaixo a programação da Santa Sé para as celebrações da Semana Maior.
Em sua homilia na missa do Domingo de Ramos, o Papa Francisco motivou contemplar o Crucificado e destacou o perdão que vem de Jesus: “Ele sofre e o único desejo que tem é poder perdoar-nos”. Diante de seus algozes, “enquanto é crucificado, no momento mais difícil, Jesus vive o seu mandamento mais difícil: o amor aos inimigos”. Para esta semana, o convite do Papa Francisco é que “abramo-nos à certeza de que Deus pode perdoar todo o pecado”.
“Deus tudo perdoa; pode perdoar todo o afastamento, mudar em dança todo o lamento (cf. Sal 30,12); a certeza de que, com Cristo, há sempre lugar para cada um; a certeza de que, com Jesus, a vida nunca acaba. Nunca é tarde demais; com Deus, sempre se pode voltar a viver. Coragem! Caminhemos para a Páscoa com o seu perdão. Porque Cristo intercede continuamente por nós junto do Pai (cf. Heb 7, 25) e, olhando para o nosso mundo violento e , o nosso mundo ferido, não Se cansa de repetir (e em silêncio, no coração, repitamos com Ele): Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem”.
Mais tarde, durante a oração do Ângelus, Francisco recordou a realidade da guerra, mas motivou a um exercício de fé: “Nada é impossível a Deus, inclusive fazer cessar uma guerra da qual não se vê o fim, uma guerra que todos os dias nos coloca diante dos olhos massacres hediondos e atrozes crueldades realizados contra civis inermes”. O pontífice questionou porque os líderes insistem em querer vencer de maneira mundana, uma forma que “somente se perde”.
“Por que não deixar que Ele vença? Cristo carregou a cruz para nos libertar do domínio do mal, morreu para que reine a vida, o amor e a paz.”
E fez seu enésimo apelo:
“Deponham-se as armas, se inicie uma trégua pascal, mas não para recarregar as armas e retomar o combate, não! Uma trégua para se chegar à paz através de uma verdadeira negociação, disponíveis também a qualquer sacrifício pelo bem das pessoas. Com efeito, que vitória será aquela que fincará uma bandeira sobre um acúmulo de escombros? Nada é impossível a Deus. A Ele confiamos por intercessão da Virgem Maria.”
Francisco também lembrou-se do povo peruano, que passa por tensões em meio a protestos. Garantiu sua oração e fez votos de que todas as partes encontrem o mais rápido possível uma solução pacífica pelo bem do país.
A agenda da Semana Santa
A Santa Sé divulgou, no final do último mês a agenda do Papa para a Semana Santa. Aqui no Brasil, as emissoras de TV de inspiração católica transmitem ao vivo ou reprisam as celebrações pontifícias. Será possível acompanhar também nas mídias oficiais do Vaticano na internet.
Confira:
QUINTA-FEIRA DA SEMANA SANTA
14 de abril de 2022
Missa do Crisma
O Santo Padre presidirá a concelebração da Missa Crismal com os Patriarcas, Cardeais, Arcebispos, Bispos e Presbíteros (diocesanos e religiosos) presentes em Roma. A celebração será na Basílica de São Pedro, às 9h30 (4h30 de Brasília).
SEXTA-FEIRA SANTA “PAIXÃO DO SENHOR”
15 de abril de 2022
Celebração da Paixão do Senhor
O Santo Padre presidirá a Liturgia da Palavra, a Adoração da Santa Cruz e a Sagrada Comunhão. A celebração ocorre às 17h (12h de Brasília), na Capela Papal, na Basílica de São Pedro.
Via Sacra no Coliseu
Coliseu
O Santo Padre presidirá o piedoso exercício da “Via Sacra”, no Coliseu de Roma, às 21h15 (16h15 de Brasília). Ao final, dirigirá a sua palavra aos fiéis e concederá a Bênção Apostólica.
DOMINGO DE PÁSCOA “RESSURREIÇÃO DO SENHOR”
16 a 17 de abril de 2022
Vigília Pascal na noite santa
O Santo Padre abençoará o fogo novo no átrio da Basílica de São Pedro; depois da entrada procissional na Basílica com o círio pascal e o canto do Exsultet , presidirá a Liturgia da Palavra, a Liturgia Batismal e a Liturgia Eucarística. A celebração ocorre na Basílica de São Pedro, às 19h30 (14h30 de Brasília).
O Santo Padre presidirá a celebração eucarística na Praça São Pedro, às 10h (5h no horário de Brasília). Ao final da celebração, às 12h, da loggia central da Basílica, dará a Bênção “Urbi et Orbi”.
Fonte: CNBB