Sarau e missa no Recife celebrarão os 111 anos de dom Helder Camara

Primeiro presidente do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB NE2), dom Helder Camara (1909-1999), completaria 111 anos de idade nesta sexta-feira (7). Para marcar a data, o instituto que leva o nome do ex-arcebispo de Olinda e Recife (IDHeC) promoverá uma noite de festa no estilo que o religioso gostava, misturando alegria, carnaval e poesia.

Intitulado de “Folia no Sarau”, o evento começará às 19h, na Igreja das Fronteiras, local que foi a residência de dom Helder de 1968 até sua morte, na área central do Recife. A programação do aniversário do “Dom da Paz” terá recitação de textos de sua autoria interpretados por educandos da Casa de Frei Francisco, projeto social do IDHeC.

Também estão previstas as apresentações da cantora e compositora Cilene Araújo e do bloco Artesãos de Pernambuco acompanhado da orquestra de pau e corda Evocações.

No domingo (9), fieis e admiradores da vida de dom Helder se reunirão novamente na Igreja das Fronteiras para a celebração de uma missa em memória do religioso. A solenidade está marcada para às 11h.

Beatificação e Canonização

Prestes a completar cinco anos, o processo de beatificação e canonização de dom Helder aguarda a emissão do Decreto de Validade Jurídica que deverá ser promulgado pela Congregação para as Causas dos Santos. De acordo com o postulador da causa na Arquidiocese de Olinda e Recife junto ao Vaticano, frei Jociel Gomes, a declaração confere veracidade aos lados e documentos entregues à Santa Sé no encerramento da chamada fase diocesana do processo, em dezembro de 2018.

Breve histórico

Helder Pessoa Camara nasceu no dia 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza. Na capital cearense iniciou a caminhada sacerdotal no Seminário Diocesano de Fortaleza. Tornou-se padre aos 22 anos, após uma autorização especial da Santa Sé e como presbítero coordenou os Círculos Operários Cristãos e deu início à Juventude Operária Católica.

Durante sua vida como padre, dom Helder assumiu o profetismo em favor da paz e dos mais pobres, combatendo as injustiças e a violência. Nos anos de 1950, tornou-se bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e no mesmo período ajudou a criar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Semanas ante do golpe militar, em 1964, dom Helder foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife. Nessa Igreja local, criou o Movimento Encontro de Irmãos, o Banco da Providência e a Comissão de Justiça e Paz, entre outros feitos.

Dom Helder foi indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz e, por isso, é até hoje o brasileiro com o maior número de indicações. Desde 2017, o prelado se tornou o patrono brasileiro dos Direitos Humanos, por força da Lei Federal 13.581.

Morreu no dia 27 de agosto de 2009 e seus restos mortais estão sepultados da Catedral Sé de Olinda.

Foto: Agência Folha/Reprodução da internet

 

 

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