Vigília Pascal renova a alegria dos fiéis pela ressurreição do Senhor

O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidiu a Vigília Pascal, neste Sábado de Aleluia (20/04), na Catedral do Santíssimo Salvador, em Olinda. Ainda do lado de fora, fiéis circundavam o fogo, representando a Igreja em torno de seu centro: o Cristo. Após a bênção do fogo, o arcebispo acendeu o Círio Pascal e adentrou a Igreja, acendendo com a Luz de Cristo as velas dos fiéis. Foi o cura da catedral, o monsenhor José Albérico Bezerra, que entoou solenemente o canto Exsultet, conhecido como Proclamação da Páscoa.

A igreja da Sé estava lotada de fiéis para a celebração mais importante do calendário litúrgico cristão, marcada pelas leituras numerosas e cântico dos Salmos que contam a História da Salvação. Depois de 40 dias, que é o tempo da Quaresma, os fiéis cantaram o Glória, acompanhados pelos sinos da catedral, e dom Fernando cantou o Aleluia de forma solene. Do rito da Vigília, fizeram parte também a ladainha de todos os santos e a renovação das promessas do Batismo.

Em sua homilia, dom Fernando afirmou que a Igreja é para todos, sem distinção entre pobres e ricos, doutores e analfabetos, benfeitores e pecadores. “É pela Igreja que Jesus deseja que larguemos o pecado e façamos a opção por Ele, sua Palavra e ensinamentos”, disse o arcebispo. “É um banquete gratuito, de amor benevolente, que quer de nós apenas uma resposta: amar como Ele amou”.

Sobre o Evangelho de Lucas, que narra a ressurreição, o arcebispo conta que é bonito ver se concretizar, a cada ano, aquilo que é a preferência de Jesus – pelos pequenos, pelos humildes, pelos mais fracos. “Aqui os menores sãos representados pelas mulheres da época, inclusive uma adúltera, Maria Madalena. É a um grupo de mulheres que os anjos de vestes resplandecentes revelam: ‘Aquele a quem estais procurando não está aqui, ressuscitou’. E são as mulheres, deste grupo de menor valia para aquela sociedade, que levam aos homens a boa nova da ressurreição”. De fato, somente a partir da notícia dada por Madalena é que Pedro vai até o sepulcro vazio. “Por isso, levemos nós, também, essa palavra de esperança ao mundo: não importa a dor, o que importa é a esperança em Deus, é saber que somos uma comunidade que se ama e que se ajuda”.

Além do monsenhor Albérico Bezerra, concelebraram a Eucaristia o pároco de São Pedro Mártir, dom André Vicente, e o padre Joanderson Lira, reitor do Seminário de Guarabira. Os seminaristas marcaram presença na assistência ao altar e nas leituras.

A aposentada Marta Padilha estava na Catedral e disse que se esforça para não perder a Vigília. “Faltei um ano porque estava doente, mas não quero faltar mais; acho muito bonito o clima da igreja com as velas, acho bonito a alegria de cantar o Glória, acho um privilégio participar dessa celebração tão emocionante”, disse.

Apesar de mais longa (a Vigília começou às 20h e terminou às 23h), a celebração reúne muitos jovens – boa parte da Comunidade Católica Shalom, que participa dos ritos com piedade e contrição. “Participar da Vigília Pascal na Sé tornou-se tradição na Comunidade”, explicou a integrante Kelly Falcão, que é nutricionista. “Nós fazemos questão de vir aqui, na igreja mãe de nossa Arquidiocese, para reafirmar nosso compromisso com Jesus, com nossa fé, com a Igreja e com nosso arcebispo”, comentou.

Ao final da Vigília, dom Fernando cumprimentou os que foram à Sé, dando-lhes pessoalmente os votos de Feliz Páscoa. “Que a notícia da ressurreição do Senhor perdure em nossos corações e que, em função dessa realidade, tenhamos a alegria de sermos, sempre mais, discípulos e discípulas de Jesus”, disse dom Fernando.

Pascom AOR

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