Fieis da Região Metropolitana do Recife participaram, nesta quarta-feira pela manhã, da Via Sacra da Fraternidade no centro da capital pernambucana. A concentração teve início às 6h da manhã, no Pátio de São Pedro, com músicas e orações, e às 8h, pontualmente, o povo de Deus começou a caminhada pelas ruas do centro comercial da cidade, refletindo os passos de Jesus da condenação à morte e sepultamento.
Idealizada por uma integrante da Associação Missionária Amanhecer (AMA) há 18 anos, a Via Sacra da Fraternidade vem sendo conduzida pelo padre João Carlos Ribeiro desde então. Segundo o sacerdote, o objetivo é dar um sinal à cidade, em meio ao movimento do comércio, tão materialista, de que “estamos na Semana Santa e precisamos parar para refletir, por alguns momentos, a paixão de Jesus Cristo”.
Em meio à caminhada que durou até as 11h da manhã, os fiéis se revezavam para carregar a cruz: estudantes, desempregados, mães aflitas e muitos que queriam dividir, simbolicamente, o peso da cruz para aliviar o sofrimento do Cristo – esta, de madeira, pesava 102 quilos.
A aposentada Luíza Benta da Conceição, de 65 anos, participa da Via Sacra da Fraternidade pela quarta vez. Veio de São Lourenço da Mata e chegou cedinho para não perder a saída. “Eu amo Jesus Cristo e faço questão de participar das coisas da Igreja, porque é importante para fortalecer a fé, principalmente na Semana Santa”, disse Luíza.
Ao final da 14ª estação, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, recebeu os fiéis na basílica e presidiu a celebração eucarística, concelebrada pelos padres João Carlos Ribeiro, Paulo Sérgio Vieira Leite e Thiago de Melo Correia.
“A Via Sacra da Fraternidade já se tornou tradição em nossa Arquidiocese, sendo muito bem conduzida pelo padre João
Carlos e pelos que fazem a AMA”, disse o arcebispo. “É uma oportunidade que os fiéis têm para refletir sobre o sofrimento e a entrega de Jesus, vivenciando mais profundamente o tríduo pascal”, completou.
Pascom AOR
