O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidiu na tarde desta quarta-feira (29/08) a celebração eucarística em ação de graças pelos 160 anos da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia do Recife. A missa foi celebrada na capela do Hospital Santo Amaro, na região central do Recife, e foi concelebrada pelo vigário geral da Arquidiocese, padre Luciano Brito; pelo reitor da Universidade Católica de Pernambuco, padre Pedro Rubens; pelo superintendente de educação e assistência social da Santa Casa, padre Gerson Santos; e pelo capelão do hospital, padre Eronildo França.
Na homilia, dom Fernando disse que “não se entende viver a fé e o cristianismo sem a capacidade de partilhar” e agradeceu a Deus por confiar à Arquidiocese o trabalho da Santa Casa oferecendo assistência gratuita de saúde e educação aos mais pobres.
A Santa Casa de Misericórdia é uma organização sem fins lucrativos, de assistência pública, subordinada à Arquidiocese. De acordo com seu estatuto, o presidente da instituição é o líder da Igreja Católica local – no caso, dom Fernando. O arcebispo acredita que a colaboração dada, pela Santa Casa, aos cidadãos e fiéis da Região Metropolitana, é fundamental. “É um trabalho árduo, gratuito, de acompanhamento da saúde e educação de um povo que passa por muitas necessidades, algumas existenciais, e por isso merece toda atenção do Estado e da igreja”, comentou.
Funcionários, conselheiros e colaboradores participaram da celebração eucarística e parceiros importantes estiveram presentes, como representantes da Universidade Católica de Pernambuco, que tem convênio com o hospital Santo Amaro para a prática médica de alunos e mestres do curso de Medicina da Universidade.
O superintendente geral da Santa Casa, o médico Raul Mariz, entregou uma placa comemorativa a dom Fernando, agradecendo o apoio do arcebispo às obras de assistência prestadas à população mais empobrecida. O superintendente apontou os serviços de excelência oferecidos no hospital e nas outras sete unidades de assistência da Santa Casa de Misericórdia, como abrigos e educandários gratuitos, onde trabalham, ao todo, 1.900 profissionais. Enfermarias climatizadas, consultas, exames e internamentos com organização, limpeza e eficiência foram mencionados em seu discurso.
A Santa Casa de Misericórdia do Recife foi oficialmente instalada na capital pernambucana pela lei provincial nº 450 de 1858. Os arquivos da Fundação Joaquim Nabuco, no entanto, registram sua inauguração em 29 de julho de 1860, incorporando a Santa Casa de Olinda em 06 de agosto do mesmo ano. Sua missão, à época, destinava-se ao atendimento dos órfãos do estado de Pernambuco e à prestação de serviços de saúde, por meio da administração de instituições como o Hospital dos Lázaros, Hospício dos Alienados, Asilo de Mendicidade, Casa dos Expostos e Colégio de Órfãs.
O objetivo principal dos serviços desenvolvidos pela entidade fundamenta-se na disponibilidade dos serviços de saúde, conforme preconiza o SUS, para habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência visual, proteção social ao idoso através de Instituição de Longa Permanência e atividades socioeducativas destinadas a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.