Pastorais do campo definem estratégias conjuntas para combater os impactos da exploração de energia e minério no NE 2

A Comissão Regional para a Ação Sociotransformadora da CNBB Nordeste 2 acompanha com preocupação o avanço do modelo centralizado de produção de energias renováveis e exploração de minérios nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Além de impactos graves sobre a fauna e a flora colocando em risco o equilíbrio ecológico da “Casa comum”, os grande projetos eólicos, fotovoltaicos e de mineração têm provocado danos à saúde física e mental das comunidades, em sua maioria, da zona rural.

Esse tema foi pauta de reunião entre representantes Cáritas Brasileira Regional NE 2, Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) e Conselho Missionário Indigenista (Cimi). No encontro, que aconteceu quinta-feira (18) na sede da CNBB NE 2, no Recife, as chamadas “pastorais do campo” alinharam as estratégias de atuação e definiram novas ações de apoio às comunidades afetadas pelos parques eólicos, usinas solares e empresas de extração mineral.

“Nessa reunião, vimos que nossos trabalhos estão entrelaçados e aí decidimos atuar em conjunto. Sobre as comunidades já atingidas pelas plantas de energias renováveis, nós vamos continuar dando assistência, mas o trabalho vai ser mais focado nas comunidades que ainda não foram impactadas, porém estão no mapeamento das empresas que querem ampliar esses projetos”, explicou a articuladora da Comissão Regional para a Ação Sociotransformadora, Vivian Santana.

Evangelizar para o Bem Viver

Aliadas ao trabalho contínuo de evangelização, a Comissão Regional para a Ação Sociotransformadora anunciou, entre as várias medidas, que irá intensificar a comunicação sobre a geração de energias renováveis junto às populações ameaçadas pelas empresas. Outra ação, será a atuação conjunta das assessorias jurídicas das pastorais do campo na capacitação dos agentes sobre os contratos impostos às famílias.

Estão previstos também movimentos de incidência política nas assembleias legislativas para o acompanhamento de projetos de lei que tratem sobre transição energética. As pastorais pretendem ainda provocar um encontro que envolva representantes de Estado, pesquisadores, empresários e a sociedade em geral para debater o assunto.

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