Quatro dias após comemorar 52 anos de ordenação sacerdotal, o Papa Francisco celebra seu aniversário natalício. O Santo Padre completa 85 anos de vida nesta sexta-feira, 17.
Desses 85 anos, oito foram festejados enquanto Papa. Neste tempo, muitos bispos brasileiros tiveram a oportunidade de conhecer o Papa pessoalmente ou acompanhar de perto seu pontificado.
O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor de Oliveira, esteve com o Santo Padre em diferentes oportunidades. Encontros marcantes, destaca o arcebispo.
“Papa Francisco irradia alegria, simplicidade e entusiasmo na missão de proclamar a Palavra de Deus, cultivando um jeito de ser que inspira o mundo a seguir os ensinamentos de Jesus. Assim, todos que se fazem próximos do Papa têm a oportunidade de serem tocados pela beleza de sua presença evangélica e avançar na vivência dos valores do Evangelho, interpelados a professar a fé cristã com mais autenticidade”, disse.
Proximidade e dedicação
Assim como Dom Walmor, o arcebispo de Porto Alegre (RS) e vice-presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, recorda importantes momentos que teve com Francisco.
A atenção do Pontífice com cada pessoa que se aproxima, sua proximidade, simplicidade, confiança e fé foram sublinhados pelo bispo. “É impressionante o vigor e a presteza deste homem que no alto dos seus 85 anos está ativo, trabalhando com determinação, dedicação, buscando fazer o melhor”, comenta.
O primeiro contato do arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), Cardeal Orani Tempesta, com o Papa Francisco foi na JMJ 2013 que aconteceu na arquidiocese do prelado. O purpurado caracteriza o Pontífice como aberto ao diálogo e muito devoto.
“Sempre que nos encontramos em Roma, ele pergunta do RJ, lembra o meu nome, isso marca, gera proximidade”, assegura.
Para o arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Leomar Brustolin, Papa Francisco é muito otimista, preocupado em propor caminhos. “Um homem lúcido, capaz de enxergar, ver os sinais de Deus no nosso tempo e propor caminhos missionários: como o de uma Igreja em saída”, indica.
Dom Brustolin destaca que o testemunho, gestos, palavras, escritos e homilias de Francisco têm coerência, preocupação focada em Jesus Cristo como único Salvador da humanidade.
Profunda espiritualidade e opção pelos pobres
“Algo que me marca profundamente na pessoa do Papa Francisco é a sua simplicidade, clareza e profetismo. É um ser humano de uma profunda espiritualidade. Isso é uma das marcas do ministério do Papa Francisco: deixar-se conduzir pelo Espirito de Deus, na condução da igreja e na dinamização pastoral e de uma evangelização que tenha como centro a pessoa de Jesus Cristo”. É o que afirma o arcebispo de Porto Velho (RO), Dom Roque Paloschi.
O bispo sublinha a reforma que o Pontífice vem fazendo no interior da Igreja, assumindo posturas proféticas, com relação a algumas feridas que mancham a imagem da Igreja.
“Ressalto a sua opção preferencial pelos pobres, assumindo ser uma Igreja em Saída, Samaritana, Serva e Mariana. Sua sensibilidade pelos indefesos e pela defesa da causa de uma ecologia integral. Muito temos que aprender com ele, ser igreja missionária e sinodal”.
Sinal de unidade e paz
O bispo de Itaguaí (RJ), Dom Frei José Ubiratan Lopes, cometa que a figura do Papa é um ponto de referência não só para a Igreja Católica, mas para todos os povos e nações.
“Ele (Francisco) é um sinal de unidade e de paz. Adotar o Papa como o sucessor de Pedro se torna uma questão de fé, pois cremos, que ele foi escolhido pela inspiração e vontade do Espírito Santo”.
Apoio aos jovens
Enquanto presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, o bispo de Valença (RJ), Dom Nelson Francelino Ferreira, ressalta a compreensão do Papa e o apoio que ele dá aos jovens.
Segundo o prelado, Francisco reforça em seu pontificado que a juventude é o agora de Deus, aproximando-se dela e ouvindo-a e acolhendo-a com o carinho de Pai.
Dom para a Igreja
Os setes bispos entrevistados afirmam de forma unânime de que a vida do Papa Francisco é um dom para a Igreja e também para a sociedade. “Vivemos uma época marcada por tantas fragmentações e o Papa tem sido uma referência de comunhão”, aponta Dom Jaime.
“Ele é um líder para a Igreja Católica e para toda a sociedade nesses tempos difíceis”, concorda Dom Brustolin. Cardeal Orani acrescenta que Francisco é alguém que ama a Cristo, segue Jesus, e por amor à Igreja vem para reforçar a sua missão.
Segundo Dom Roque, a vida do Papa é um grande dom de Deus porque ele se faz pão partilhado para todos e todas. Nada e nem ninguém está fora do seu coração, complementa.
“A vida do Papa Francisco é oferta à Igreja, pois os olhares do mundo se voltam ao sucessor do apóstolo Pedro, em busca de uma palavra que inspire mudanças, de uma orientação capaz de ajudar a humanidade a ganhar novo rumo. Nosso amado Papa Francisco corresponde a essas expectativas magistralmente, conjugando admirável leveza com densidade, alicerçadas no seu jeito simples que remete a São Francisco de Assis”, opina Dom Walmor.
Fonte: Canção Nova Notícias