Jovens de todas as partes do mundo estão a caminho do Panamá para viver juntos a Jornada Mundial da Juventude, de 22 a 27 de janeiro, com o tema “Eis a serva do Senhor; faça-se mim segundo a tua palavra” (Lc 1:38). E é grande a expectativa para o encontro com o Papa Francisco, que chegará ao Panamá no dia 23 de janeiro. Mais de 600 jovens são esperados do Uruguai, enquanto 75 jovens partirão da Dinamarca, juntamente com o bispo de Copenhague Czeslaw Kozon e o diretor da Pastoral juvenil, P. Kasper Baadsgaard-Jensen.
Se para muitos jovens a Jornada Mundial da Juventude no Panamá será a primeira, para milhares de outros será a continuação de uma experiência que deixou marcas profundas e os colocou em uma dimensão bem mais ampla da vivência da fé, como acabou de nos contar o Diego Chemello Müller, de 26 anos, natural de Porto Alegre (RS), engenheiro químico, engenheiro de alimentos e atuante no Ministério de Música na Paróquia São Martinho. As noites quem sabe mal dormidas, por vezes a falta de orientação e tantas outras situações inerentes a um evento deste porte não o assustaram, antes pelo contrário, foram uma oportunidade de crescimento.
“Depois de participar de duas Jornadas, o que mais eu encontrei nelas foi a união entre os jovens de diversos países e culturas. O clima de uma Jornada é uma coisa de outro mundo. Todos os jovens unidos em um mesmo lugar, com um mesmo objetivo, que é dizer para o mundo: “Eu sou um jovem católico”. Tem coisas que só acontecem em uma Jornada, não tem como ter a experiência em outro lugar. Dentro dela tu sente que não está sozinho e tem milhões de jovens que não têm vergonha de mostrar que estão felizes e que estão ali para lutar por um mundo com mais paz, amor e fraternidade”.
Depois do Rio de Janeiro e Cracóvia, o Diego prepara-se agora para o Panamá:
“A minha expectativa para a próxima Jornada está muito grande. Eu vou poder rever vários amigos que eu fiz nas Jornadas anteriores e estar junto com o Papa de novo. Minha impressão do Panamá é de um lugar muito acolhedor, com um povo bem fervoroso, animado, com o espírito pegando fogo. Nós da América Latina…a gente tem esta característica bem forte, e já é assim no Brasil, como foi em 2013 acho que um país de língua espanhola, a união de outros países latinos vai ser ainda maior, porque o Papa vai poder falar na língua nativa dele e vai estar muito mais à vontade para passar os ensinamentos e se comunicar conosco”.
75 jovens dinamarqueses
Os jovens dinamarqueses levam consigo uma iniciativa interessante que os colocou no trabalho nos últimos meses: guiados pela Irmã Teresa Piekos, prepararam para a JMJ um ícone feito de “milhares de pequenos pontos coloridos que simbolizam todas as pessoas na terra e são um sinal da comunidade universal da Igreja, a grande família de Deus”.
O título da imagem é “Amém: o sim de Maria ao projeto de Deus” e compreende uma série de símbolos que se referem aos ensinamentos do Papa Francisco sobre Maria. Um pequeno grupo de jovens havia entregue uma cópia do ícone ao Papa em setembro passado e dele recebido “uma bênção para este projeto de evangelização para a JMJ no Panamá”.
Um ícone mariano
O ícone acabou sendo impresso em camisetas e cada jovem agora em viagem entregará “às famílias com as quais viverão durante a primeira parte do grande evento da juventude”. Assim, “de uma maneira muito específica, transmitirão a mensagem da alegria do Evangelho às famílias que os acolherão no Panamá”. O ícone também foi impresso em cartões postais que os jovens dinamarqueses distribuirão aos seus pares na JMJ.
Jovens holandeses
Por outro lado, já estão instalados na Diocese de Santiago de Veraguas, a 250 quilômetros da Cidade do Panamá, o primeiro grupo de jovens holandeses que partiu no sábado, 12 de janeiro, para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Outro grupo está a caminho e no total serão 130 jovens holandeses na JMJ, acompanhados pelo bispo auxiliar de Roermond, Everard De Jong, e pelo bispo Auxiliar de Haarlem-Amesterdã, Jan Hendriks. O grupo é formado por “jovens adultos”, havia explicado Bob Wegkamp, ??coordenador da JMJ para os Países Baixos, “porque é difícil para os estudantes se libertarem neste período para uma viagem tão longa”.
Na descoberta da identidade
E o programa dos dias pré-JMJ reflete a particularidade deste grupo que trabalhou nos meses de preparação em torno do tema “Descubra sua identidade”, interrogando-se com perguntas como: “Quem é você? Qual é o seu envolvimento social? Em que implica sua crença religiosa?”
O programa destes dias na diocese também reflete os interesses desses jovens que farão uma parada em particular para olhar o mundo das profissões (por exemplo, no setor da saúde). Para aqueles que não puderam ir ao Panamá, mas gostariam de estar conectados com a Jornada Mundial da Juventude, o serviço nacional de pastoral juvenil propõe para o fim de semana de 25-27 janeiro 2019 um “wjd @ home” (uma JMJ em casa), na ilha de Ameland.
3.500 jovens poloneses
Nestes dias, as companhias aéreas polonesas colocaram à disposição dos participantes da JMJ no Panamá alguns voos especiais que decolarão do aeroporto de Varsóvia. De fato, o grupo polonês será o mais numeroso entre os participantes europeus na grande festa da juventude. Os 3.500 peregrinos da Polônia (entre os quais 700 de Cracóvia) serão acompanhados por 200 sacerdotes, 20 sacerdotes diocesanos e cerca de 300 voluntários, metade dos quais qualificados para atendimentos de primeiros socorros.
As Jornadas diocesanas
Na JMJ 2019 também participarão 12 bispos poloneses com o primaz da Polônia, o arcebispo de Gniezno Wojciech Polak. O diretor do Escritório JMJ, padre Emil Parafiniuk, sublinhou durante a apresentação da peregrinação que aqueles que antecipadamente viajam ao país latino-americano, de 17 a 21 de janeiro, participarão das jornadas dos jovens organizadas nas várias dioceses. Anunciando a celebração religiosa presidida pelo primaz polonês na cidade do Panamá em 23 de janeiro, padre Parafiniuk expressou a esperança de que os habitantes do país anfitrião participem da liturgia.
As relíquias de João Paulo II
No dia 26 de janeiro, no âmbito da JMJ, está prevista a colocação das relíquias de São João Paulo II no altar da Catedral do Panamá, que será depois consagrada pelo Papa Francisco. A presença polonesa no Panamá será enriquecida também com três exposições dedicadas ao Papa polonês, às tradicionais representações de Nossa Senhora e à família de Ulma de Markowa, que foi assassinada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial por ter ajudado os judeus que fugiam do Holocausto.
59 jovens da Úmbria
Da Itália, partirão 900 jovens. Em particular, da Úmbria irão 59 jovens. No total nacional, as regiões com maior número de participantes são Triveneto, Lombardia, Piemonte, Marcas e Úmbria. Das igrejas diocesanas da terra de São Bento e São Francisco terá início, partirão então para o Panamá, a partir de 16 de janeiro, 59 pessoas, incluindo jovens e sacerdotes que os acompanham. O episcopado da Úmbria será representado pelo cardeal Gualtiero Bassetti, arcebispo de Perugia-Città della Pieve e presidente da Conferência Episcopal Italiana.
Uma ocasião de festa
“Jornada Mundial da Juventude – diz Dom Renato Boccardo, arcebispo de Espoleto-Núrsia e presidente da Conferência dos Bispo da Úmbria – é sempre uma ocasião de festa, de reflexão, de interculturalidade. Portanto, um momento que oferece preciosos estímulos formativos humanos e cristãos. Faço votos então aos jovens da Úmbria, que saibam aproveitar com sabedoria este ‘tempo de graça’, para que, ao retornarem para casa, sejam diariamente cada vez mais portadores credíveis e testemunhas alegres da mensagem evangélica para a construção da civilização do amor também nesta nossa região.”
“Panamá chama Turim!”
Já a Arquidiocese de Turim propõe o evento “Panamá chama Turim!”, para permitir que os jovens possam participar, embora à distância, ao encontro mundial com o Papa Francisco. A acolher a iniciativa, a partir das 18 horas do dia 27 de janeiro, será o Centro da Pastoral juvenil, com uma noite festiva, conectada ao vivo com os jovens no Panamá, uma reprise da experiência e das mensagens com o arcebispo Cesare Nosiglia e a animação do Coral Hope.
Com informações da Agência SIR e do Site do Vaticano