Organizações, coletivos, conselhos, pastorais e movimentos da Igreja divulgaram, nesta sexta-feira (5), uma nota pública de apoio e solidariedade ao padre Júlio Lancellotti e à população em situação de rua. Na carta, os grupos também se colocam ao lado da Arquidiocese de São Paulo (SP), “que por seu compromisso com os mais pobres e vulneráveis, estão sendo alvo de tentativas de intimidação e criminalização por parte de parlamentares da Câmara Municipal de São Paulo”.
Proposto pela Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) e pelo GT Compromisso Profético e Social do Conselho Missionário Nacional (Comina), o documento está aberto para novas adesões até as 15h. Os grupos interessados devem assinar a nota pública clicando aqui.
A mensagem dirigida à sociedade questiona a decisão dos vereadores e vereadoras de São Paulo em atacar quem dar “pão, água e acolhimento para os que sofrem” na “cidade mais rica da América Latina”, ao invés de “atacar as causas estruturais, fruto da não distribuição de renda, da ausência de políticas públicas e da desigualdade social”.
“Padre Júlio Lancellotti nos orgulha por sua trajetória como sacerdote e cidadão, pelo seu compromisso com a vida e dignidade das pessoas. Seu trabalho representa uma Igreja apostólica, missionária, próxima e sinodal, que causa incômodo naqueles que se beneficiam com a pobreza, com a desigualdade e com as situações de injustiça”, diz um trecho da nota pública.
A carta reforça, ainda, que nem o padre nem as pessoas em situação de rua estão sozinhos e que esses ataques não vai parar “a luta por uma sociedade mais justa, fraterna, igualitária e solidária. Pois acreditamos no Cristo que veio para que todos tenham vida, porém não qualquer vida, mas vida em abundância, vida com dignidade, conforme está em João 10, 10.”
📄 Clique aqui e leia a nota pública na íntegra
Foto de capa: Ricardo Stuckert
