Nos dias 29 e 30 de janeiro, a Casa Dom Luciano foi o cenário de um encontro nacional que reuniu fiéis católicos das dioceses dos 19 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Entre os presentes, destacou-se a presença de dom Rino Fisichella, Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização no Vaticano e uma figura-chave na organização do Jubileu de 2025. Como convidado especial, dom Rino compartilhou sobre o significado do Jubileu e alguns dos anseios do Papa Francisco para o próximo Ano Santo, sob o tema “Peregrinos de Esperança”.
Durante sua palestra, dom Rino enfatizou que “o Jubileu precisa da participação de todas as pessoas, pois todos somos peregrinos da esperança”. Embora não pudesse revelar detalhes sobre o que será apresentado pelo Papa em maio de 2024, em sua carta apostólica para o ano jubilar, dom Rino destacou alguns pontos fundamentais. Ressaltou a importância de permanecer fiel ao desejo do povo, como ocorreu no primeiro jubileu da Igreja, em 1300, que surgiu do desejo do povo de Roma e não do clero.
“Peregrinos de esperança” é o tema deste jubileu, escolhido pelo Papa Francisco para preparar a Igreja para este evento singular, tanto em Roma quanto em toda a Igreja universal. O Pró-Prefeito para a Evangelização enfatizou a necessidade de valorizar a esperança, especialmente em um mundo que carece de uma palavra e de sinais de esperança. Além disso, destacou a importância pastoral do jubileu como uma oportunidade para a evangelização e sublinhou a distinção entre “esperanças” cotidianas e a esperança verdadeira, que é fundamental para a vida cristã.
Esperança como sinal da fé e caridade
Ao abordar a necessidade de esperança no mundo contemporâneo, Dom Rino observou a importância da tecnologia e como ela pode influenciar nossa percepção do presente e do futuro. Ressaltou a urgência de construir um futuro sustentado pela esperança e destacou a importância da esperança como parte integrante da fé e da caridade.
A esperança, segundo dom Rino, está unida à fé e à caridade, formando uma tríade inseparável na vida cristã. Enfatizou a necessidade de cada crente ser uma testemunha credível dessa esperança e expressar a dimensão comunitária da esperança na Igreja.
Além disso, dom Rino chamou a atenção para o conceito de indulgência jubilar, um aspecto fundamental do jubileu que reflete a misericórdia de Deus. Destacou a importância de viver a misericórdia do Pai e sugeriu que as Igrejas particulares possam viver em unidade com o Papa neste evento significativo, valorizando a reconciliação.
Por fim, concluiu enfatizando a importância de esperar as indicações oficiais do Papa Francisco na bula sobre o ano jubilar e encorajou a todos a se prepararem espiritualmente para este momento especial na vida da Igreja.
Fonte: CNBB