O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, celebrou Missa de Natal na tarde desta sexta-feira, 21/12, no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna – Cotel, em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. Logo na chegada, o arcebispo fez questão de cumprimentar os detentos que o aguardavam para a missa. Dos mais de 2.000 detidos no Centro de Triagem, apenas 400 receberam autorização para participar da celebração.
Um altar foi montado sob um toldo no pátio da unidade. Pastoral Carcerária e funcionários do Cotel se uniram aos detentos para participarem da Eucaristia. Segundo o secretário executivo estadual de Ressocialização, Cícero Rodrigues, “a religião é importante para enfrentar o tempo de cárcere e para favorecer a ressocialização dos reeducandos”.
Em sua homilia, dom Fernando afirmou que, para a Igreja, não importa o pecado cometido, mas a disposição em aderir ao projeto de amor de Deus e não pecar mais. “Dessa forma, quando vocês saírem daqui, depois de cumprirem a pena devida, devem buscar viver na conformidade do Evangelho, sempre em oração, para não voltarem a cometer erros e, assim, viverem em paz com suas famílias e amigos”, disse o arcebispo aos detentos.
Detido há dois anos, o reeducando André Luiz Rodrigues afirmou que a celebração da missa no Cotel é um conforto para a alma. “A gente deve sempre procurar a Deus, ainda mais na condição de preso, na dificuldade, na solidão”, disse. Durante a celebração eucarística, veio a notícia: por graça de Deus, André Luiz recebeu o alvará de soltura, e vai voltar para sua família. Ele mesmo foi dar a notícia a dom Fernando, após a celebração.
Toda a celebração foi acompanhada de perto pelos agentes da Pastoral Carcerária da Arquidiocese e da Paróquia São João Bosco, de Caetés. A voluntária Gabriela Brito sempre participa das visitas e atividades das unidades prisionais que estão no território da Paróquia, como a Funase para os menores de idade e o Creed para os policiais infratores. Para a jovem, participar de momentos assim, “sem ódio e sem medo”, é fundamental para que as pessoas que se envolveram com a criminalidade “sintam que são nossos irmãos e nos importamos com sua vida de interno e sua ressocialização, oferecendo a eles o nosso amor fraterno e o amor de Deus”.
Na circunscrição da Arquidiocese de Olinda e Recife, quem tiver interesse em conhecer em maior profundidade o trabalho da Pastoral Carcerária ou desejar se tornar um agente de pastoral, pode enviar um e-mail para o seguinte endereço: [email protected]
Pascom AOR
