A Diocese de Afogados da Ingazeira (PE) emitiu nota oficial condenando a violência que tirou a vida de uma criança de dois anos e depois do suspeito pela morte do menino, entre os dias 16 e 18, no município pernambucano de Tabira. A mensagem da Igreja reforça a necessidade de promover a cultura de paz com ações concretas que garantam a cidadania de todos.
No texto, o bispo diocesano e presidente da Comissão Regional para a Ação Sociotransformadora da CNBB NE 2, dom Limacêdo Antônio da Silva, “manifesta profunda preocupação com a banalização da violência” que levou à morte do pequeno Arthur Ramos do Nascimento. Segundo as autoridades, o menino sofreu “múltiplas violências físicas e psicológicas”.
“Sua morte evidencia feridas da nossa sociedade que precisam ser enfrentadas, como a crise na instituição familiar, a negligência dos pais para com a dádiva divina da geração e responsabilidade com a criação e acompanhamento plenos”, diz a nota.
A Igreja pernambucana também cobra responsabilidades das forças de segurança e todos os que participaram do linchamento e morte de um dos suspeitos pela morte de Arthur. O padrasto da criança foi retirado da viatura policial e agredido por moradores da cidade. Para a diocese, o episódio “expõe a falta de planejamento que garanta a promoção plena da justiça, além de criar um cenário de barbárie e selvageria”.
Leia a nota na íntegra:

