A data de 30 de julho foi instituída, em 2013, pela na Assembleia Geral da Nações Unidas, como Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O objetivo da Resolução A/RES/68/192, da ONU, ao estabelecer um marco para o dia foi “criar maior consciência da situação das vítimas do tráfico de seres humanos e promover e proteger seus direitos”.
Tráfico de pessoas, segundo o Protocolo de Palermo, “significa o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos.”
Segundo estimativas globais da ONU, cerca de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano a cada ano, sendo os alvos preferenciais dos traficantes as pessoas vulneráveis. De acordo com relatório Global Report on Trafficking in Persons, do Escritório das Nações Unidas Contra a Droga e o Crime (UNODC), mulheres são as mais afetadas: em 2018, para cada 10 vítimas detectadas globalmente, cinco eram mulheres adultas e duas eram meninas. Migrantes, em especial aqueles que não têm permissão para trabalhar ou permanecer no país de exploração, constituem grupo particularmente vulnerável e são parcela significativa das vítimas encontradas globalmente. Estudos recentes apontam também para a vulnerabilidade de crianças e jovens LGBTQI+ ao tráfico de pessoas para trabalho forçado e exploração sexual.
Segundo o bispo auxiliar de Porto Alegre (RS) e membro Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEPEETH) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Adilson Pedro Busin, em vídeo, afirma que o tráfico humano parece estar longe da realidade brasileira mas está presente na realidade do país manifestado no trabalho escravo, na mendicância, no tráfico para a exploração sexual e de órgãos.
Ele reforça que o papel da Igreja, em resposta ao pedido do Papa Francisco, é trabalhar no alerta, na conscientização e no enfrentamento ao tráfico.
Ações na Igreja no Brasil
Para marcar esta data, a Igreja no Brasil, aliada com parceiros e organizações, têm realizado a prevenção com capacitações das redes de enfrentamento pelo país. Para este mês, a Comissão para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB produziu um cartaz para marcar o dia.
Dom Adilson Pedro Busin convida as comunidades para ficarem atentas às TVs católicas e redes sociais e a se somarem nesta corrente de enfrentamento ao tráfico. A ideia é que as comunidades, paróquias e organizações imprimam o cartaz e o fixem em seus murais.
Além do cartaz lembrar a data, os representantes da Comissão convidam às comunidades a organizarem um momento de reflexão no dia 30 de julho, Dia mundial de enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O cartaz está disponível em formato PDF nos tamanhos A3 e A4. Divulgue o cartaz, convide sua comunidade, organização e amigos para refletir sobre o enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Faça download do cartaz no link:
Cartazes do Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas
Fonte: CNBB