Brasão do novo bispo auxiliar de Olinda e Recife traz referência a Nazaré da Mata

Dom Limacêdo Antônio da Silva foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, pelo Papa Francisco, em 04 de abril de 2018. No domingo 10 de junho, em Nazaré da Mata, sua cidade natal, foi ordenado bispo pela imposição das mãos do bispo de Nazaré, dom Francisco de Assis Lucena.

O clero cristão, tradicionalmente, usa um brasão para identificar pessoas em sua hierarquia – a heráldica eclesiástica. A depender do grau da ordenação, a figura-base muda, em número de elementos e em cores. Assim, há brasões para identificar o clero diocesano, religioso, monsenhores, abades, bispos, cardeais e papas. Da mesma forma, há brasões para identificar as dioceses, arquidioceses, congregações e instituições religiosas.

Um elemento comum aos brasões é o galero, espécie de chapéu de aba larga com cordões terminados em borlas, que são pequenos pingentes que vão formando uma pirâmide. A quantidade de borlas, associada a outras insígnias, identifica a função do ordenado na Igreja. Os vigários-gerais, por exemplo, usam no brasão o galero negro de 12 borlas. Os arcebispos metropolitanos usam no brasão o galero verde de 20 borlas, além da cruz arquiepiscopal e do pálio. Normalmente, usa-se um número maior de borlas conforme vai aumentando o posto dentro da Igreja.

O novo auxiliar de Olinda e Recife, dom Limacêdo, escolheu o lema episcopal “Verbum caro factum est” (E o verbo se fez carne – Jo 1,14). Seu brasão, de galero verde de 12 borlas, traz o lema episcopal – outro traço comum na heráldica eclesial. No escudo, a representação de sua terra natal, Nazaré da Mata, por meio da imagem de uma cana-de açúcar: alusão à atividade canavieira da região, trabalho braçal exercido, inclusive, por seu pai, José Antônio.

Conheça o brasão do bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Limacêdo Antônio da Silva, e sua descrição heráldica. O brasão foi desenvolvido pelo padre Jamilson, do clero de Alagoas.

Brasão de escudo francês em esmalte vermelho encapado de azul. A cor vermelha remete ao mistério da encarnação, ao sangue, à vida. O azul representa a eternidade. À direita da capa, uma estrela de oito pontas em metal prata. A estrela representa Maria, a Estrela da Evangelização. À esquerda, uma cana-de-acúçar no mesmo metal, representando a cidade natal do bispo, Nazaré da Mata. No núcleo do escudo, uma águia sustentando um livro, ambos em metal ouro. A águia representa o evangelista João, aquele que voa mais alto, olhando para o sol. O livro, representando a Palavra, é carregado das letras alfabéticas gregas alfa e ômega, o próprio Deus, em preto. A Cruz processional, em metal ouro, é cravejada de quatro gemas de rubi. O Chapéu Eclesiástico é verde, forrado de vermelho, com seus cordões pendentes em cada flanco terminados em seis borlas, doze ao todo, distribuídas em três ordens (1, 2 e 3). Sob o todo, um listel de ouro, forrado de vermelho, carregado da divisa latina VERBUM CARO FACTUM EST, seu lema episcopal, em preto.

Outros brasões – Os brasões dos Papas possuem suas próprias regras heráldicas. O Papa Bento XVI, por exemplo, substituiu o uso da tiara papal em seu brasão por uma mitra,  baseado no fato de que o último papa coroado com tiara foi Paulo VI. O Papa Francisco somente adaptou seu brasão cardinalício com a mitra.

 

Pascom AOR

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