Nesta terça-feira (19/02) será realizada em Paris uma marcha organizada por partidos e movimentos políticos contra o antissemitismo. Estará presente uma delegação de bispos franceses. A manifestação contra a “banalização do ódio” em programa nesta terça-feira (19/02) em Paris, foi decidida após vários casos de antissemitismo nas últimas semanas. Os casos são agravados pelo registro do aumento de 74% de atos antissemitas em 2018.
Agressões
Durante os protestos dos “coletes amarelos” de sábado (16/02), causou grande indignação a agressão – com ameaças e insultos – ao filósofo judeu Alain Finkielkraut. As formações políticas que organizaram a marcha desta terça-feira são 14, entre estas, o partido de maioria do governo, o En Marche e o Partido Socialista. Porém, não está confirmada a presença do presidente Emmanuel Macron. Em seu Twitter o presidente Macron disse: “Os insultos antissemitas tendo ele (Finkielkraut) como alvo são a completa negação de quem somos e do que nos torna uma grande nação. Nós não vamos tolerá-los”. A promotoria de Paris abriu uma investigação sobre o ocorrido.
Antissemitismo banido da comunidade humana
A Conferência Episcopal da França participará da manifestação e estarão presentes Dom Thibault Verny, bispo auxiliar de Paris e Dom Olivier Ribadeau Dumas, secretário geral dos bispos franceses. Em uma declaração a Conferência Episcopal dirige-se à comunidade judaica francesa, formada pelos seus “irmãos maiores na fé” (como os definiu São João Paulo II). “Somos chamados a trabalhar juntos para que o antissemitismo seja banido da comunidade humana” (como disse Papa Francisco no ano passado).
Ao mesmo tempo os bispos franceses estão preocupados pelos numerosos atos de vandalismo e profanação contra as igrejas na França e de modo mais geral condena todos os ataques e violências perpetradas contra os lugares de culto e aos fiéis por causa de suas religiões. “Estes sinais de ódio no coração da nossa sociedade – afirmam os bispos – convidam cada um de nossos cidadãos a reencontrar o sentido de fraternidade”.
(Fonte: site Vatican News)