A SEMANA SANTA | Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena

A SEMANA SANTA

A “semana maior” é a Semana Santa, que se inicia com o Domingo de Ramos, no qual também celebramos a 34ª jornada mundial da juventude (em nossa Diocese a fazemos em outra data). Que os jovens não tenham vergonha de manifestar todo entusiasmo por Jesus, que entra em Jerusalém com a multidão O acompanhando em festa e gritando: “Bendito seja o Rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas” (Lc 19,38).

Os ramos são sinais de alegria e vitória. Jesus desperta tantas esperanças no coração, especialmente das pessoas simples, humildes e abandonadas; compreendendo as misérias humanas, mostrando o rosto misericordioso de Deus e inclinando-se para curar o corpo e a alma de todos. O coração de Jesus vê a todos. Grande é o amor de Jesus! Acompanhemos os passos de Jesus na sua humilhação, sofrimento e condenação à morte, para participarmos do triunfo de sua ressurreição gloriosa.

Na segunda, terça e quarta-feira da Semana Santa, contemplamos o Servo sofredor. Os textos bíblicos e as orações nos introduzem, aos poucos, no mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Na Quinta-feira Santa, pela manhã, a Missa do Crisma (Bênção dos santos Óleos e consagração do Crisma) e da Renovação das Promessas Sacerdotais nos recorda que somos o povo sacerdotal, e que Jesus reúne todos em torno de si. Ao mesmo tempo, Jesus institui o sacerdócio ministerial, para que os sacerdotes, ungidos, continuem a ser, para o povo sacerdotal, aquilo que Ele foi e continua a ser através deles: sacerdote, profeta e pastor.

À tarde, na Missa (Ceia do Senhor), sentamos à mesa pascal com Cristo. Ele institui a Eucaristia, sacramento da “vida doada” em sacrifício amoroso pela salvação da humanidade. No “lava-pés”, ele nos deixou o exemplo, para que O imitemos no serviço humilde e dedicado aos irmãos. É um dia de alegria, amor, gratidão, compromisso, partilha e missão.

Na Sexta-feira da Paixão, não há celebração de Missa, apenas a comemoração da paixão e morte do Senhor. A atitude de respeito pelo jejum, abstinência, tristeza e silêncio é feita na Esperança. Pela morte vem a vida! Só entende a vida quem compreende o Mistério da Dor e do Sofrimento. Comprometamo-nos com o Cristo Verdade e Vida. Como o Cirineu, ajudemos a carregar a cruz, que pesa nos ombros de tantos irmãos sofredores. Arrependidos dos nossos pecados, estendamos a nossa mão à mão misericordiosa de Deus. Jesus nos convida a seguir seus passos, que levam à vida.

No Sábado Santo, somos conduzidos à sepultura de Jesus, aguardando, na esperança, a ressurreição do Senhor. Sábado de vigília e de certeza que a vida já venceu a morte. Celebrar esta noite é ressuscitar com Cristo. A vitória de Cristo é a vitória de todo cristão.

Com firme fé, estamos com nossas velas acesas, à espera que o Senhor da Vida nos comunique a plenitude da sua vida, já manifestada no mistério Pascal. Corramos ao seu encontro, professemos nossa fé no Senhor ressuscitado. Jesus Cristo, o Cordeiro imolado, tirou o pecado do mundo; morrendo, destruiu a morte; ressurgindo, deu-nos nova vida. Jesus está sempre conosco!

​Peçamos a intercessão da Virgem Maria. Que ela nos ensine a alegria do encontro com Cristo, o amor com que O devemos contemplar, o entusiasmo do coração que O deve seguir nesta “semana maior” e por toda a vida.

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena

Bispo Diocesano de Nazaré

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