O diretor-executivo da Cáritas Brasileira, Luiz Cláudio Lopes da Silva (Mandela), explicou aos bispos, assessores e convidados que participam da reunião do Conselho Permanente, na manhã deste dia 27/3, as ações do SOS África (Moçambique, Zimbábue e Malaui) lançada no último dia 25 de março pela Cáritas Brasileira e perla Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Trata-se de um conjunto de ações de emergência para a resposta humanitária da Igreja no Brasil ao povo africano, especialmente a população de Moçambique, atingida na madrugada do dia 14 de março pelo ciclone Idai responsável até o momento pela morte de cerca de 750 pessoas e pelo impacto na vida de mais aproximadamente 1,8 milhões de pessoas. Dentre estas 1 milhão de crianças, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). “Trata-se de uma cenário urgente de ajuda humanitária”, reforçou o diretor-executivo da Cáritas brasileira.
Mobilização da Igreja no Brasil – Segundo Mandela, a Campanha SOS África, por meio da CNBB, enviou uma carta a todos os bispos brasileiros e está disponibilizando um conjunto de matérias (cartazes, vídeos, spots para rádios e cards para redes sociais) para que os cristãos brasileiros possam ajudar a disseminar esta mensagem de solidariedade e mobilizar a solidariedade do povo brasileiro ao povo africano.
Mandela informou que todos os 165 países onde tem Cáritas estão sendo mobilizados para ajuda humanitária à África. A Igreja no Brasil, lembrou, está presente por meio de seus regionais Sul 1 e Sul 3 com cerca de 100 missionários no continente africano, especialmente na diocese de Pemba, em Moçambique. Mandela disse que está em constante diálogo com o dom Luiz Fernando, de Pemba, com as escolas católicas presentes na região e com a Cáritas internacional.
A ajuda humanitária, segundo Mandela, se desdobrará em três etapas: Nos dois primeiros meses, concentra-se em fornecer roupas, alimentos, remédios e na ajuda para garantir o trabalho dos voluntários. Nos seis meses seguintes, a campanha concentrará-se no atendimento médico e na atenção psico-social das vítimas. Na terceira fase, buscará ajudar a população local a reconstruir seus meios de vida (habitação, trabalho, etc).
O diretor-executivo da Cáritas Brasileira apresentou ainda aos bispos do Conselho Permanente a publicação“Ferramentas da Cáritas Brasileira para resposta a emergências”. Segundo ele, especialmente no Brasil trata-se de uma experiência voltada para os casos de enchentes.
(Fonte: site CNBB)