Papa e jovens vivem a expectativa da JMJ do Panamá

Papa Francisco: “Queridos jovens, não viemos ao mundo para «vegetar», para transcorrer comodamente os dias, para fazer da vida um sofá que nos adormeça; pelo contrário, viemos com outra finalidade, para deixar uma marca”.

Caros amigos e amigas, o mês de Janeiro é o mês da jornada, e os dias para o início do evento se aproximam e será do dia 23 até o dia 28 de janeiro no Panamá. Peregrinos do mundo inteiro, como vemos na rede social e nas notícias, estão em direção à América Central. A cobertura completa do evento você poderá acompanhar conosco aqui no Vatican News e nos nossos canais de informação, será uma alegria contar com a vossa participação.

Na semana passada havíamos falado da JMJ do Rio de Janeiro, que encontro maravilhoso, foi muito bom ter podido recordar. Hoje o nosso programa, continuando a relembrar das JMJ’s com o Papa Francisco, é dedicado à ultima edição da Jornada Mundial da Juventude, àquela que aconteceu na Polônia, terra de São João Paulo II, idealizador e fundador do evento. O tema, naquele ano de 2016 foi retirado do Evangelho de Mateus: «Felizes os misericordiosos, por que alcançarão misericórdia», que aconteceu dentro do ano do Jubileu da Misericórdia.

Na vigília alguns jovens, de diversas nações, deram o seu testemunho de vida. Partindo daquelas histórias o Papa Francisco ofereceu uma meditação que como tema central falava do desejo, próprio dos jovens, de uma vida grande, mas que está sempre ameaçado por duas doenças espirituais: o Medo e Paralisia.

O Papa diz que o medo nos pode levar ao fechamento e isto portará, certamente, à paralisia. Como consequência faz perder a capacidade de sonhar, de sair de si mesmo, de encontrar os irmãos, de vida interior. De modo bem humorado o Papa fala paralisia reduz a felicidade a um sofá que oferece conforto, segurança, mas oferece imobilidade e isolamento; paralisia é a doença do sofá, e o Papa conclui: «Mas a verdade é outra! Queridos jovens, não viemos ao mundo para «vegetar», para transcorrer comodamente os dias, para fazer da vida um sofá que nos adormeça; pelo contrário, viemos com outra finalidade, para deixar uma marca». O remédio, diz Francisco, é trocar o sofá por um par de sapatos para percorrer os caminhos da vida e descobrir os caminhos que Jesus nos pede, e diz: «Por isso, amigos, hoje Jesus convida-te, chama-te a deixar a tua marca na vida, uma marca que determine a história, que determine a tua história e a história de muitos».

Na missa, o Papa ofereceu-nos uma meditação inspirada no Evangelho que apresenta a figura de Zaqueu. Naquela ocasião Francisco estruturou a homilia em três aspectos daquela figura que, no encontro com Jesus foi capaz de superar: 1. A baixa estatura; 2. A vergonha paralisadora; 3. A multidão murmuradora.

A baixa estatura de Zaqueu poderia ser um obstáculo, mas, afirma o Papa, que a nossa verdadeira estatura é aquela que nos dá Jesus, não o mundo, não é o mundo que deve decidir a minha altura, que deve medir por aquilo que tenho, Jesus é aquele que me olha não de cima para baixo, mas nos olhos. O segundo obstáculo, a vergonha paralisadora, pode ser curado com a confiança na presença de Jesus no sacramento da confissão, ali, naquele ato sacramental, temos que levar e confessar tudo o que nos envergonha. Sobre o terceiro obstáculo, a multidão murmuradora, o Papa diz que somente Jesus sabe quem somos e é nas palavras dele devemos confiar; Ele sempre no dirige uma palavra de amor, ao invés o mundo que nos dá palavras destrutivas.

Caros irmãos, obrigado pela companhia e audiência em mais essa série de encontros, Deus abençoe você, a sua família, e desejo a todos uma excelente Jornada Mundial da Juventude.

(Fonte: Site Vatican News/ Padre Douglas Freitas Ferreira)

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