COMISSÃO MISSIONÁRIA DIOCESANA (COMIDI)
Campina Grande/PB, 01 de outubro de 2018
Saudações aos Padres, Diáconos e todo o povo de Deus.
O mês de outubro é um tempo favorável para refletirmos sobre os discípulos missionários que pela força do Espírito Santo que: “é o protagonista de toda a missão eclesial” (Catecismo n.852), marcaram a vida da Igreja e se doaram totalmente por ela, alguns chegando a sofrer o martírio por amor a Cristo. É também uma boa ocasião para avaliar como tenho vivido minha vida de cristão batizado. Quais as sementes que lancei? Neste tempo somos convidados a pensarmos a respeito do batismo que nos legitima e nos faz verdadeiros arautos da Alegria do Evangelho de Jesus Cristo.
O Papa Francisco tem nos orientado constantemente, que a Igreja e a fé não crescem por: “proselitismo, mas por atração” (Alegria 14), isso significa dizer que não é pela força das palavras, mas por força do testemunho e uma busca constante de ser o primeiro a reconhecer que precisa de conversão, para ser de fato “igreja” em saída. Neste mês missionário possamos renovar as promessas batismais, e cumprirmos o que Jesus nos ordenou: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15); como dizia São Francisco de Assis: “se for preciso usemos palavras”, mas que nossa vida esteja coerente com aquilo que estamos a falar.
Por força do batismo, fomos ungidos e enviados para a missão, para sermos: “sal da terra e a luz do mundo” (Mt 5, 13). Dom Pedro Casaldáliga nos faz lembrar: “Desejaria que cada um de nós pudesse visitar, pelo menos em espírito, a própria pia batismal, mergulhar nela a cabeça e redescobrir a missionariedade do próprio Batismo! Sou batizado? Então devo ser missionário! Se não sou missionário, então.. não sou cristão”!
Neste mês dedicado a missão e também por ser ano do laicato, os ministros ordenados e os cristãos leigos são enviados a testemunharem Jesus Cristo, pela vida e também por ações concretas, não somente em sua comunidade, em sua pastoral ou movimento, mas nos “novos areópagos”, ou seja, em outros ambientes.
Temos que assumir um novo jeito de falar das coisas do reino na sociedade.
É preciso que a Igreja esteja com a porta “frontal” aberta, mas é necessário e urgente que se abram portas “laterais”, somente assim seremos verdadeiramente uma “Igreja em saída”, encarnada na realidade do povo, ou seja, nas dores e alegrias, porque: “Onde há povo, há missão. Onde há missão, há mil razões para ser feliz” (Dom Luciano Mendes).
É preciso entusiasmo e fidelidade na missão. A respeito desta constância o Catecismo da Igreja Católica nos assegura que, a fidelidade dos batizados é condição primordial para o anúncio do Evangelho e para a missão da Igreja no mundo. Para manifestar diante dos homens sua força de verdade e de irradiação, a mensagem da salvação deve ser autenticada pelo testemunho de vida dos cristãos: “O próprio testemunho da vida cristã e as boas obras feitas em espírito sobrenatural possuem a força de atrair os homens para a fé e para Deus” (Catecismo, n.2044).
Portanto, com essa fidelidade a Cristo que é nosso companheiro na longa caminhada, missionária e pastoral, motivamos a todos os padres e leigos que procurem organizar um domingo de reflexão, oração e vivência missionária em sua paroquia ou comunidade, procure também visitar um lugar de sua Paróquia que foi marcado por uma experiência missionária, e medite um trecho do Evangelho de Marcos (6, 30-34) e não esqueçam de rezar com todas as pastorais a novena missionária elaborada pela POM (Pontifícias Obras Missionárias), já que assumimos como FINALIDADE PRIMEIRA: despertar nas pastorais e movimentos de toda a DIOCESE um espírito missionário.
A Comissão Missionária Diocesana agradece ao nosso Bispo Diocesano pelo poio e confiança: “Saibam todos que tudo o que tem feito esta Comissão tem sido junto a mim” (Dom Dulcênio Fontes Matos).
Dom Dulcênio Fontes de Matos
Bispo Diocesano de Campina Grande
Padre Francisco de Assis do Nascimento
Coordenador da Ação Missionária Diocesana