O XVIII Congresso Eucarístico Nacional acontecerá em Recife (PE), de 12 a 15 de novembro de 2020. O tema já foi escolhido: “Pão em todas as mesas”. Em entrevista ao portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido, que é presidente do regional Nordeste 2 da entidade, falou sobre a preparação para o evento e do envolvimento das dioceses e arquidioceses de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Dom Fernando ainda recorda o lançamento de materiais do Congresso, como o hino oficial e a logomarca do 18° CEN, em um momento festivo, com apresentações culturais do Movimento Pró-criança, Instituto Dom da Paz e Orquestra Criança Cidadã, grupos pertencentes ou ligados à arquidiocese.
Como tem sido a preparação e a expectativa para sediar mais uma vez o Congresso Eucarístico Nacional?
Tem sido uma ocasião de muita alegria para a arquidiocese de Olinda e Recife. Todo mundo está vibrando com essa oportunidade que, pela segunda vez, acontece lá em Recife. Já temos formada a comissão central com representantes de todas as quatro províncias eclesiásticas [do regional Nordeste 2 da CNBB] e o clima é de festa. Estamos preparando neste momento para fazer o lançamento da logomarca e do hino do congresso. Isso vai acontecer exatamente dois anos antes do congresso, no dia 12 de novembro de 2018, no Centro de Convenções de Recife. É um dos locais onde vai acontecer o congresso e onde teremos os seminários, as palestras, as feirinhas, exposições. E todo mundo está realmente bastante feliz, motivado, esperançoso.
É a primeira vez que acontece essa experiência de todo o regional se envolver no projeto do congresso e a gente percebe que as dioceses estão todas motivadas. É tanto que o regional Nordeste 2 aceitou fazer a coleta para o congresso antecipadamente para termos recursos para começar os trabalhos, de modo que será em setembro desse ano a coleta no regional, enquanto no país inteiro vai ser em setembro do próximo ano.
Para o próximo ano também estão previstos eventos nas sedes das províncias?
Estamos pensando isso, como vai acontecer. Não serão congressos, mas eventos de preparação para o Congresso e quem vai ficar à frente são os representantes das províncias que vão entrar em contato com as demais dioceses para organizar isso. Mas está tudo no começo, começamos a apensar isso agora e vamos para frente.
E sobre o tema “Pão em todas as mesas”, o que motivou é uma realidade local e de todo o Brasil?
Acho que no Brasil, o Norte e o Nordeste são duas regiões muito sofridas. Então, havendo um Congresso Eucarístico em Recife, não poderia ser diferente. Pensamos num tema inspirado um pouco em um dos cânticos do Zé Vicente, que fala em Pão em todas as mesas, e procurar mostrar essa realidade diversa do Recife: as grandes potências que tem lá – pessoas que realmente tem bastante condições – e a miséria – que é muito presente também. E procurar trabalhar e moldar, para levar partilha, levar as pessoas a pensar no outro, nos pobres de maneira especial, para que o congresso seja fruto de um esforço nesse sentido de fazermos comunhão, de sermos solidários, para com os nossos irmãos mais sofridos.
Essa é a segunda vez que arquidiocese sedia o Congresso Eucarístico Nacional. O que tem de legado de lá para cá?
O primeiro congresso foi em 1939, portanto há bastante tempo. Muita coisa mudou, são décadas de diferença, mas nós vamos fazer um elo entre os dois acontecimentos. Estamos pesquisando para encontrar elementos que possam se completar e aproveitar as ideias, lembranças do primeiro congresso para poder então agora dar continuidade nessa ocasião, de modo que tudo isso está sendo trabalhado por equipes específicas. Temos 13 equipes montadas e trabalhando para poder então fazermos um, congresso bonito e que possa fazer um bem não só à arquidiocese e ao mundo, mas a todos aqueles que vão participar conosco lá no Recife em 2020.
Um dos legados do congresso de 1939 foram igrejas construídas e os locais de eventos.
O primeiro congresso de 1939 deixou uma lembrança muito forte: foi a construção de uma Igreja em um bairro bastante importante de Recife, o Espinheiro, uma Igreja dedicada à Eucaristia. E essa Igreja atualmente é uma paróquia muito frequentada que todos se recordam do congresso a partir dela. Não somente a igreja, mas também o parque 13 de maio, que é um parque importante de Recife. Lá que foi a sede do Congresso. Naquela época não tinha absolutamente nada e hoje é um parque bastante importante e frequentado e que foi um legado do congresso eucarístico de 1939.
Confira o vídeo produzido pela arquidiocese de Olinda e Recife sobre a preparação para o XVIII Congresso Eucarístico Nacional: