Mais de 350 mil documentos que contam a história da Igreja no Brasil desde o final do século 19 serão abrigados em um novo espaço de preservação e colocados à disposição do público no Rio Grande do Norte. A Arquidiocese de Natal assinou na quarta-feira (30) com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a ordem de serviço para o restauro do prédio do arquivo arquidiocesano.
Com expectativa de ser entregue em fevereiro de 2025, o imóvel histórico está situado na área central de Natal e terá, além dos ambientes próprios para o acervo da arquidiocese, uma sala para tratamento documental, uma área para exposições culturais e local para palestras e outros eventos.
“Foi uma grande conquista. Primeiro, temos a recuperação arquitetônica de um prédio. Depois, a recuperação da memória histórica da nossa arquidiocese. Dessa forma, nossos arquivos, que possuem mais 300 anos, vão estar disponíveis para a consulta e para a pesquisa. É algo muito importante”, comemorou o arcebispo de Natal, dom João Cardoso.
Atualmente, o arquivo arquidiocesano funciona no Centro Pastoral Pio X, no subsolo da Catedral Nossa Senhora da Apresentação. Além de registros de atividades administrativas, pastorais e eclesiásticas acumulados em mais de 300 anos, o acervo conta com uma coleção dos periódicos do Jornal “A Ordem”, criado em 1935, e do “L’Observatorie Romano” das décadas de 1930 a 1960.
“Aqui, começou a Campanha da Fraternidade. Nós tivemos em Natal e em todo o Rio Grande do Norte iniciativas extremamente importantes da presença da Igreja no meio do povo, das pastorais, dos movimentos, e resgatar esse arquivo e cuidar dele é uma forma de deixar essa memória viva”, afirmou o presidente do Iphan, Leandro Grass.
Presente no ato de assinatura da ordem de serviço, a governadora do Estado, Fátima Bezerra, também ressaltou a importância do arquivo arquidiocesano para essa e as próximas gerações.
“É muito significativo recuperar a beleza desse espaço arquitetônico com as funções sociais que ele possui, de guardar esse acervo documental importante, preservando uma memória muito rica da história da Igreja de Natal e do Rio Grande do Norte. São mais de 300 anos de história que merecem ser preservados”, enfatizou.
Com informações e fotos da Pascom Natal