Relatório do Cimi revela que 14 indígenas foram assassinados no território da CNBB Nordeste 2

Pelo menos 14 indígenas fora assassinados no território do Regional Nordeste 2 da CNBB em 2023. É o que mostra o “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil”, lançado nesta segunda (22) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O estudo foi apresentado no auditório dom Helder Câmara, da CNBB em Brasília.

O arcebispo de Manaus (AM) e presidente do Conselho, o cardeal dom Leonardo Steiner, acolheu os participantes e agradeceu a Conferência por abrigar o lançamento do relatório e apoiar a causa indígena, como vem fazendo ao longo da história do país.

No início do lançamento, o secretário-executivo do Cimi, Luis Ventura, afirmou que o relatório que o Cimi torna público é mais um grito de denúncia, que pretende dar visibilidade à situações e realidades vividas nos territórios indígenas no Brasil, mas também é anúncio da sua resistência resistência.

“O relatório é um documento que pretende cobrar e instigar àqueles que têm responsabilidades para que tomem as medidas de forma urgente para enfrentar a violência permanente e estrutural contra os povos indígenas”, disse.

Ele destacou que a realidade é de acirramento e intensificação da violência contra os povos indígenas nos territórios no Brasil, alimentado pela manutenção da Lei 14.701/2023, chamada de marco temporal, promulgada pelo Congresso Nacional e pelo impasse ainda existente no âmbito do Supremo Tribunal Federal.

Dados mais alarmantes

O relatório aponta que se mantiveram como líderes em caso de assassinatos de indígenas os estados de Roraima (47), Mato Grosso do Sul (43) e Amazonas (36). O estudo do Cimi também revela dados de outras violências praticadas contra pessoas como ameaças, lesões corporais e racismo; violência contra o patrimônio, a exemplo de invasões, exploração ilegal de recursos naturais e morosidade do Estado brasileiro nas demarcações de terras.

Confira abaixo o relatório na íntegra:

Relatório Violência contra Povos Indígenas do Brasil, com dados de 2023

Veja como foi o lançamento:

Com informações da CNBB

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