Uma experiência já de longa data nas Assembleias Gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) retornou nesta quarta-feira, 31 de agosto. Os momentos de trabalho em grupo são realizados novamente, desta vez presencialmente, após dois anos apenas por videoconferência. O tema em questão nesta manhã foi a recepção das atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) no âmbito de cada regional e as contribuições para o debate do tema central desta 59ª Assembleia Geral, “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão”.
“Estamos trabalhando a recepção das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora que estão em vigor e o que nós imaginamos que possa vir no futuro. A possibilidade de nós dialogarmos como as Diretrizes foram acolhidas em nossas dioceses é uma oportunidade também para avaliar como está esse caminho iniciado lá atrás, em 2019. E o fato de podermos, no encontro corpo a corpo entre nós bispos, certamente facilita esse diálogo”, explicou o arcebispo de Porto Alegre (RS) e primeiro vice-presidente da CNBB, dom Jaime Spengler.
Ele pontua ainda que a experiência on-line ajuda, mas “o presencial faz a diferença”.
“Eu creio que, se quisermos fazer um caminho de discernimento a partir da experiência cristã, nós precisamos desses momentos de diálogo sim, onde nós tentamos buscar ver o que verdadeiramente está em questão, rezamos isso e, no diálogo, vamos encontrando pistas, indicações, sendas em vista de um aperfeiçoamento da própria obra da evangelização, sempre orientados pelas Diretrizes Gerais”, comentou.
Influência da pandemia
Perguntado se a pandemia influenciou no processo de recepção das diretrizes, dom Jaime sinalizou que o período mais intenso da transmissão da covid-19 “interrompeu um processo”.
“Nós vivemos um tempo quase de aporia – para usar expressão filosófica – ficamos no ar, numa espécie de stand by. É verdade que as comunidades, ou algumas comunidades, elas procuraram meios para se manterem vivas, mas para a dinamização do processo de evangelização como tal, a pandemia trouxe muitas dificuldades. E mesmo a retomada após esses dois anos, agora que temos vacinas à disposição, ela ainda não é pacíficica, porque há um modo distinto de retomar as atividades. Nós não podemos imaginar que possamos retornar àquilo que nós fazíamos em 2019 ou 2020, quando a pandemia apareceu entre nós”.
As contribuições surgidas dos grupos foram encaminhadas para a Comissão do tema central.
Fonte: CNBB