Olhar para a cruz para conhecer Jesus. É a exortação do Papa Francisco no Angelus deste domingo, 21. A reflexão e a tradicional oração mariana foram recitadas da Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.
Desejo de conhecer Jesus
O Pontífice observou que hoje, mesmo sem dizer de forma implícita, muitos gostariam de ‘ver Jesus’, encontrá-lo, conhecê-lo. Diante disso, o Santo Padre reforçou a importância dos cristãos e suas comunidades compreenderem a grande responsabilidade que têm.
Tomar sobre si o estilo de Deus
“Devemos responder com o testemunho de uma vida que se doa no serviço”. Foi o que afirmou o Papa. Para ele, é preciso que cada um tome sobre si o estilo de Deus. Este estilo consiste em viver a proximidade, compaixão, ternura e doação no serviço.
Francisco observou que se trata de plantar sementes de amor, não com palavras que voam para longe, mas com exemplos concretos, simples e corajosos. “Sem condenações teóricas, mas com gestos de amor”.
O Senhor, com sua graça, faz os cristãos darem frutos, mesmo quando o terreno é árido por causa de incompreensões, dificuldades ou perseguições ou pretensões de moralismos clericais, apontou o Pontífice.
Na provação, experimentar a fecundidade do amo
Na provação e na solidão, enquanto a semente morre, é o momento, de acordo com o Santo Padre, no qual a vida brota, para produzir frutos maduros em seu próprio tempo.
De acordo com o Papa, é neste entrelaçamento de morte e vida que se pode experimentar a alegria e a verdadeira fecundidade do amor.
Encontrando Jesus
Para todo homem que quer procurar, Jesus “é a semente escondida pronta para morrer a fim de dar muitos frutos”, disse Francisco. O Pontífice ilustra com estas palavras o Evangelho em que São João relata um episódio ocorrido nos últimos dias da vida de Jesus, pouco antes de Sua Paixão.
Enquanto se encontra em Jerusalém para a festa da Páscoa, alguns gregos expressam o desejo de vê-lo. Eles se aproximam do apóstolo Felipe e lhe dizem: “Queremos ver Jesus”.
A cruz expressa o amor
“No pedido daqueles gregos podemos discernir o pedido que tantos homens e mulheres, de todos os lugares e de todas as épocas, dirigem à Igreja”. É o que reforçou o Santo Padre.
O Papa recorda que Jesus responde ao pedido dos gregos. “Chegou a hora de o Filho do Homem ser glorificado”. […] Se o grão de trigo cai na terra e não morre, permanece sozinho; mas se morre, dá muito fruto”, disse Jesus.
Para conhecer e compreender Cristo, explicou Francisco, deve-se olhar “o grão de trigo que morre na terra”, deve-se olhar para a cruz.
Deste modo, o Pontífice comentou sobre o sinal da cruz. Ele, ao longo dos séculos, se tornou o emblema por excelência dos cristãos.
Crucifixo
Aqueles que querem “ver Jesus” hoje, talvez vindo de países e culturas onde o cristianismo é pouco conhecido, o que eles veem antes de tudo? Qual é o sinal mais comum que eles encontram? Questionou o Papa.
A resposta é o crucifixo. Ele está nas igrejas, nos lares dos cristãos, até mesmo usado em seu próprio corpo. O importante, para Francisco, é que o sinal seja coerente com o Evangelho. “A cruz não pode deixar de expressar o amor, o serviço, o dom de si sem reservas: só assim é verdadeiramente a ‘árvore da vida’, da vida superabundante”.
Oração
Por fim, o Santo Padre rogou pedindo que a Virgem Maria ajudasse homens e mulheres a seguirem Jesus. “Que o amor de Cristo possa brilhar em todas as nossas atitudes e se torne cada vez mais o estilo de nossa vida diária”, exortou o Papa.
Fonte: Canção Nova Notícias