Escola diaconal completa 25 anos e passa a oferecer aulas on-line no RN

Nascida em 1995 a partir do sonho do então arcebispo de Natal, dom Heitor de Araújo Sales, a Escola Diaconal Santo Estevão completou 25 anos de caminhada dando início a uma nova fase de sua história. Uma das referências na formação de diáconos no Brasil, a instituição potiguar passou a realizar aulas e encontros on-line com os atuais 50 alunos distribuídos entre vocacionados, turmas de iniciantes e grupos avançados.

A modalidade de formação à distância foi imposta pelo atual cenário da pandemia do novo coronavírus, que impossibilita qualquer atividade que gere aglomerações. De acordo com o diretor da Escola Diaconal Santo Estevão, diácono Edmar Conrado, os últimos dois meses foram dedicados a ouvir os alunos sobre a melhor maneira de continuar o curso e fazer ajustes no conteúdo das disciplinas.

A trajetória de um candidato até receber a Ordem no grau do diaconato leva 6 anos e meio, sendo dois anos de vocacional, quatro como aluno da escola e seis meses de estágio supervisionado em uma paróquia da Arquidiocese de Natal. Na primeira etapa da formação, os aspirantes têm encontros mensais sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. A partir do segundo ano, as aulas passam a ser quinzenais, e ainda são realizados retiros e encontros com as esposas.

Diácono Edmar Conrado (Arquivo pessoal)

“Seguindo o que preconiza a Santa Sé e a CNBB, o futuro diácono tem que cumprir uma carga horária mínima de 1.000 horas. O novo modelo à distância exige um pouco mais de esforço da parte de todos. Além das aulas on-line duas vezes por mês em grupos com no mínimo oito pessoas, oferecemos todo um material com textos e livros virtuais para os alunos”, explica o diácono Edmar Conrado, que também compõe o corpo docente da instituição.

A realidade da pandemia, que obriga a manter fechada a escola física instalada no Seminário de São Pedro, é vista como mais um desafio entre tantos enfrentados nos últimos 25 anos pelo centro de formação. Segundo o diretor da Escola Diaconal Santo Estevão, a importância do chamado da Igreja para os diáconos hoje é “muito maior do que qualquer contratempo”.

“A Igreja chama ministros ordenados a estarem inseridos no mundo não só no âmbito litúrgico, mas também na Palavra e na Caridade. O diácono é essa presença viva urgente nos espaços onde, por várias limitações, o sacerdote não pode estar, mas é onde o mundo mais precisa. Devemos seguir cumprindo a nossa missão”, afirma o diretor.

Histórico

A Escola Diaconal Santo Estevão foi criada em 8 de maio de 1995 por dom Heitor de Araújo Sales, atualmente arcebispo emérito de Natal que, de acordo com o diácono Edmar Conrado, fundou a instituição com a ajuda de dois diáconos da Diocese de Caicó (RN). A primeira grade curricular foi montada a partir de experiências de outras dioceses, em especial da Arquidiocese de Curitiba, no Paraná.

Até 2015, a escola foi dirigida por sacerdotes: os padres Francisco Lucas, Alfredo Costa, Paulo Henrique e o monsenhor Lucas Batista. Edmar Conrado, que foi aluno da turma inaugural, é o primeiro diácono a comandar a instituição. Sob sua direção foi realizada a atualização da grade curricular com foco maior na realidade matrimonial e profissional dos candidatos, ampliando de 4 para 6 anos e meio a formação.

Em 25 anos de história, a Escola Diaconal Santo Estêvão já presentou a Igreja com 101 diáconos permanentes.

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