Como fruto das reflexões ao longo dos dois dias da 56ª Assembleia Pastoral Regional, os clérigos e leigos propuseram caminhos para o andamento das atividades pastorais nas igrejas particulares da CNBB NE2. As diretrizes organizadas em cinco pontos principais foram apresentadas, debatidas e aprovadas, na tarde desta quinta-feira (30).
Assimilação e vivência do caminho sinodal é a primeira luz da síntese que será disponibilizada em breve para as 21 dioceses e arquidioceses quem compõem o Regional. Esse ponto propõe que as igrejas particulares assumam e implementem ações que construam o caminho sinodal proposto pelo Papa Francisco, investindo na escuta, na comunhão e na participação, valorizando uma igreja ministerial.
O segundo ponto foca na Escuta como processo transformador no caminho da sinodalidade e, por isso, propõe criar uma Pastoral da Escuta nas dioceses e arquidioceses.
O terceiro ponto é a Formação. A Assembleia propõe que o processo de formação seja permanente em vista da cultura da comunhão em todos os âmbitos eclesiais, para isso se faz necessário investir nos seminários, nos leigos e nas pastorais.
O quarto ponto compreende a criação de Estruturas de comunhão e participação. De acordo com a síntese, é necessário criar conselhos em todas as instâncias onde se promova a escuta e o fortalecimento dos vicariatos e regiões pastorais. A descentralização do serviço e priorizar as comunidades missionárias, também se destacam nesse item.
18º Congresso Eucarístico Nacional
A construção das novas diretrizes pastorais para o Regional inclui o 18º Congresso Eucarístico Nacional (CEN) e faz à caminhada sinodal. Por decisão, dos quase cem participantes da Assembleia, o Regional assume a divulgação, programação e animação do CEN, que vai acontecer em novembro de 2022, na Arquidiocese de Olinda e Recife. Essa proposta consiste na preparação, incentivo e celebração, desde já, por todas as dioceses e arquidioceses.
Avaliação
A avaliação dos participantes da 56º Assembleia Pastoral Regional da CNBB NE2 é de que o evento foi “bastante produtivo” e “enriquecedor”. Após a discussão e aprovação das diretrizes alguns dos presentes fizeram questão de declarar sua impressões em relação ao encontro.
“Foi uma Assembleia muito boa e produtiva em todos os sentidos, organização, horário e assessoria. Foi, de fato, o grande momento que a Igreja do Regional teve para se ver depois de tanto tempo afastados por causa da pandemia”, afirmou o arcebispo de Natal e referencial para a Comissão Regional Pastoral para a Comunicação Social, dom Jaime Vieira Rocha.
A presidente do Conselho de Leigos da Arquidiocese da Paraíba, Inês Gama, voltou a participar da Assembleia da CNBB NE2 depois de seis anos e destacou a acolhida e a qualidade dos debates, tanto no plenário, quanto nos grupos de trabalho. “As luzes que foram acesas nesta Assembleia com certeza vão brilhar em nossas dioceses e arquidioceses”, disse.
Para o coordenador da Pastoral Carcerária na CNBB NE2, padre João Bosco, a Assembleia foi, como queria o presidente do Regional, dom Paulo, “uma Assembleia curativa, tranquila e de muita escuta”. “Voltamos para casa com um desafio enorme que é o de viver e promover a sinodalidade”, declarou.
Texto e fotos: Assessoria de Imprensa da CNBB NE2 e Rafael Augusto (Diocese de Campina Grande)